O vinho português e a sua expressão mundial

Colheita_Uvas_VinhoComo todos sabem e é notícia internacional, os melhores vinhos são feitos em PORTUGAL, é na realidade a expressão do seu povo. E esses acontecimentos se deram já há muitos séculos, desde a invasão romana na Península Ibérica.

Por volta dos anos 195 Antes de Cristo aconteceu essa invasão, porém, a partir dos anos 15 Antes de Cristo é que os romanos resolveram incentivar o plantio grandioso das vinhas, em razão do envio do precioso líquido para Roma, lá o vinho era prioridade dos Senadores, dos dirigentes, dos condutores dos exércitos.

No geral os romanos não eram agricultores, uma vez que viviam em derredor do Rio Tibre e não produziam nada, viviam da pesca e de folhas e frutas, no entanto, conheciam a liga do aço e produzindo armas indestrutíveis conseguiram invadir a maioria dos países da Europa, chegando na Península Ibérica, em Portugal e Espanha.

Com outros acontecimentos com as invasões posteriores dos bárbaros, suevos e visigodos, e a consequente queda do Império Romano, que na realidade já não era mais romano visto que delegavam poderes e as cidadanias para os habitantes locais, com o “Cristianismo” adotado no século VI aconteceu uma maior feitura dos vinhos, razão para o fornecimento das missas, porque era considerado um líquido sagrado para as missas. LISBOA era o maior município Romano de todos os tempos, uma vez que por ali saiam navios carregados de alimentos para Roma, em razão da obrigação das populações ibéricas forneceram as quotas de alimentos.

A partir do século VIII, mais precisamente no ano de 711 de nossa era, houve a invasão das tropas “Mouras”, que vieram do norte da África, da Mauritânia e do Marrocos, que atravessaram o “Estreito de Gilbraltar” e invadiram a Península Ibérica expulsando o que restava de romanos. Com a sua religião muçulmana e a sua bíblia sagrada o “Corão” que proibia bebidas, diminuiu o plantio de vinhas, todavia, houve uma certa condescendência e maior controle nos séculos XI e XII, após a fundação do Portugal pelo então Rei  D.Afonso Henriques e a expulsão das regiões do norte do novo país, e aí então houve a expansão do fabrico do vinho magistral.

Nesse período famoso para a fixação do Portugal Eterno, o vinho começou até a ser exportado, mormente o vinho feito no Alto Douro, o mais famoso de todos os tempos o VINHO DO PORTO, que é até hoje consagrado como o melhor vinho produzido na face da Terra.

No ano de 1756, o famoso Marquês de Pombal, Ministro das Relações Exteriores, que também salvou o Brasil em uma divisão em 3 países, baixou um decreto criando a COMPANHIA GERAL DA AGRICULTURA DAS VINHAS DO ALTO DOURO.

Portanto hoje Portugal desfruta de imensas zonas de plantações de vinhas, não só pelo “Vinho do Porto”, que tem o seu polo nas cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia, todavia não nos podemos esquecer de  PÊSO DA RÉGUA,  região onde foi instalada essa Cia. geral, uma vez que já no século 16, o Rei de Portugal havia trazido as melhores mudas de vinhas e mandou plantá-las nessa região porque ali quase não haviam chuvas e as mudas não necessitavam de água.

Eu estive duas vezes em PÊSO DA RÉGUA, em 1998 e 2012, e presencie a beleza dessa região, um colorido espetacular entre montes, montanhas e o serpentear do RIO DOURO, que em séculos seguidos, em “barcaças” transportavam tonéis de vinho para a cidade do Porto, e hoje imensos navios modernos fazem o trajeto.

Bem como, toda região transformou-se em um Polo Turístico, com navios maravilhosos transportando os turistas pelas montanhas até a cidade do PORTO. Nas cidades do PORTO E GAIA, existem imensos tonéis reservas do famoso Vinho do Porto, abertos a visitação.

Assim sendo, só temos que nos orgulhar dessa façanha feita pelos LUSITANOS e posteriormente pelos PORTUGUESES, que desde a expulsão total dos mouros no ano de 1452 de nossa era, transformou o PORTUGAL ETERNO, além do maior país descobridor, como o que forneceu para a humanidade o melhor vinho que a humanidade poderia ter, para honra e glória do nosso querido e eterno PORTUGAL.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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