Luiz Piçarra, um mestre da canção portuguesa de todos os tempos

Luiz Piçarra, o mestre do “cantar lusitano” de todos os tempos. Ele nasceu em 23 de Junho de 1918 em Santo Agostinho, Moura, e faleceu em Lisboa em 23 de Setembro de 1999. O seu nome completo já demonstrava a sua “nobreza”: LUIS RAUL JANEIRO CAEIRO DE AGUILAR BARBOSA PIÇARRA VALTERAZZO Y RIBADANAYRA, no entanto o seu nome artístico foi Luiz Piçarra.

Foi um artista completo, em quaisquer tipos de “Fados” e “Canções”, tanto portuguesas como estrangeiras. Elaborou CDs, vídeos, exposições, e no ano de 1985 foi homenageado em Portugal com o título de “Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique”.

Luiz Piçarra esteve no BRASIL na década de 60 e além de exibir-se em vários locais, exibiu-se principalmente no Centro Trasmontano De São Paulo, com várias exibições e como tive a felicidade de o ver e ouvir cantar pessoalmente no Centro Trasmontano, uma lembrança “etéria” desse mestre do canto português e após muitos anos, ainda ressoa nos meus ouvidos o canto espetacular desse maior cantor de todos os tempos em PORTUGAL.

Além do mais, ficou muito conhecido porque fez um hino esportivo “Ser Banfiquista” relacionado ao clube “Sport Lisboa e Benfica” e bem como, no ano de 1987, lançou um livro com o nome de “Luiz Piçarra instantâneos da minha vida” e no ano de 1996 lançou um CD espetacular com as mais lindas canções portuguesas de todos os tempos. Esteve na Itália e cantou junto com o cantor italiano “Serra”, a quem gostava muito de seu cantar.

Nesse CD, que contém as mais espetaculares músicas e canções portuguesas, que guardo com um carinho e relíquia, temos as músicas:

Ser Benfiquista, Granada, Avril-au-Portugal, Canção do Ribatejo, Caminho Errado, Anda Cá, Aninhas, Batalha, Guitarras da Mouraria, Morena da Raia, Santa Maria dos Mares e O Meu Alentejo.

Evidentemente que existem e existiram imensos cantores portugueses, tanto do Fado, como das Canções e que também ficaram marcados no sentido lusitano do canto especial, todavia, o Luiz Piçarra foi marco especial, com a sua presença, seu canto lírico, sua entonação lusitana especial, e que atraia multidões em todo lugar que passou levando o canto espetacular e inusitado.

Honra e Glória a esse notável mestre da música portuguesa, e que ficou eternamente gravado no “Panteão” da lusitanidade.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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