Carção, a Terra do meu Coração!

No ano de 1998, estive nessa terra maravilhosa, uma vez que sou descendente direto dela. O meu pai ADRIANO AUGUSTO DA COSTA, nasceu em CARÇÃO, em 28 DE Julho de 1902 e veio a falecer em São Paulo/Brasil, em 31 de Dezembro de 2004, aos 102 anos de idade.

Neste ano de 2012, em nova viagem, novamente coloquei os meus pés nela, junto com as minhas filhas, Dora Alves da Costa Fontão Varzim, e a Vera Alves da Costa de Queiroz e meus genros, Joubert Fontão Varzim e Edgard de Queiroz Filho. A emoção como da primeira vez foi enorme, lágrimas brotaram em todos nós, porque ali descortinamos o nosso ideal ancestral, uma vez que, somos produtos dessa terra maravilhosa de séculos e séculos sem fim.

Nessa viagem fantástica, além de carro desde Lisboa, Sintra, Alentejo, estivemos em Fátima Coimbra, Porto, Maia, Guimarães, Braga, Vila Real, Bragança, Rio Frio (a terra de minha mãe Maria Anes da Costa), fomos a Vimioso e toda a região em torno de CARÇÃO.

CARÇÃO, uma terra milenar na história lusitana pré-histórica, faz parte do Concelho de Vimioso, e o seu povo vem de eras distintas e todos os povos que estiveram em Portugal e em CARÇÃO deixaram a sua marca e ela já constava como FREGUESIA, desde 1187 e hoje a sua dimensão está em torno de 30 km2, com uma população aproximada de 1.000 habitantes. Segundo historiadores a palavra CARÇÃO deriva de “Garçom”, que significava naquela época um mancebo e que tivera muitas denominações, no entanto no século 16 já era conhecida como “Carçom”.

No final do século 19, o meu avô, que tinha a alcunha de “Marnóia”, construiu um prédio de 3 andares em CARÇÃO, que nos últimos anos foi derrubado e em seu lugar surgiu um magnífico prédio, que dá muito orgulho aos habitantes da nossa CARÇÃO eterna.

Nessa minha ida à PORTUGAL, além de estar no  lugar sacrossanto do meu coração, concretizei um sonho magnífico, porque desde o ano de 1996 eu tentava obter a cidadania portuguesa, no entanto, só neste ano eu a consegui em virtude de nova lei concretizada em Portugal, na qual os filhos, netos e bisnetos de portugueses, querendo, podem obter a cidadania portuguesa, mediante a Certidão dos Pais, avós ou bisavós, e a própria certidão do país que é nascido, contendo na sua certidão de teor completo, os nomes dos referidos. Assim sendo no dia 23 de Maio de 2012, eu recebi o CARTÃO DE CIDADÃO  PORTUGUÊS e o PASSAPORTE EUROPEU/PORTUGAL, portanto, eu que era Luso-Descendente, Brasileiro pelo Sol e Português pelo Sangue, tornei-me nesse dia com a graça de Deus, BRASILEIRO NATO, PORTUGUÊS NATO E CIDADÃO EUROPEU, para minha glória eterna e a benção dos meus pais portugueses, que com certeza lá no infinito devem estar felizes.

Concretizando em sonho eterno de ser descendente dessa terra maravilhosa, compus uma poesia, no seguinte teor: 100 ANOS DE PORTUGAL/BRASIL- 1911/1912- 2011/2012. Em referência à emigração de meu pai e minha de mãe de CARÇÃO E RIO FRIO:

1)Cem Anos muito sagrados,

E também muito adorados.

Vieram do lindo Portugal,

De uma forma sensacional

2)Adriano pai e a mãe Maria,

Namorados aqui os tornaria.

Nasceram o pai em Carção,

Maria em Rio Frio do coração!

3) Atravessaram os ventos dos mares,

Aqui surfaram por todos os ares.

Numa tarde fagueira casaram

E por toda vida se amaram!

4) Adrianinho filho, o primeiro rebento,

As lindas irmãs em seguida um alento.

Dos Costas e Anes formou-se a família,

Vieram os filhos com toda galhardia!

5) Do Adrianinho a Dora e a Vera,

Que deram o André, Karina e Rodrigo.

Da Cleide, o Daniel e o Fernando.

São todos irmãos sempre se amando!

6) A Ercilia pianista e também doutora,

Sempre no carinho é uma autora.

Os genros, gentil Edgard e o alegre Junior,

São exemplos de cavalheirismo e com todo olor!

7) Cem anos aqui se passaram,

Que de tão longe eles vieram.

De saudades sempre viveram,

Mas, com amor eles morreram!

8) De Carção e de Rio Frio, Eles nos trouxeram,

Um coração lusitano eles nos deram.

Somos todos brasileiros pelo Sol

E de Portugal pertencemos ao seu rol!

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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