Camilo Castelo Branco (1825-1890), um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos!

Camilo de Castelo Branco completou 125 de seu falecimento, foi um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos, deixou obras fantásticas e que nós que falamos e escrevemos em “Língua Portuguesa” não poderíamos de forma alguma deixar de reverenciá-lo após 125 anos de seu falecimento.
Camilo nasceu em Lisboa em 06 de Março de 1825 e faleceu em 22 de Dezembro de 1890 e deixou fantásticas obras chegando a escrever mais de 260 obras, e todas elas com o requinte extraordinário da mais pura Língua Portuguesa, com uma extraordinária beleza do vernáculo e idiomática.
Ele era filho de Manoel Joaquim Botelho Castelo Branco e mãe incógnita, e ao longo de sua vida teve imensos problemas de saúde, como cegueira e sífilis. De 1851 até o seu falecimento em 1890 deixou muitas e fantásticas obras, conhecidas mundialmente, e dessas centenas, podemos destacar algumas, como: Amor de Perdição de 1862, Maria Moisés de 1875, enfim um número fantástico de obras que não caberiam neste espaço, todavia reconhecidas mundialmente pelo seu estilo literário e romântico.
Talvez pelos acontecimentos de sua infância, que ficou órfão quando tinha 1 ano de idade e de seu pai aos 10 anos de idade, foi adotado pela sua tia de Vila Real e após uma outra irmã mais velha, o que lhe deixou marcas profundas na sua vida como escritor, e além de tudo ele casa-se com 16 anos de idade sem experiência alguma e durante a sua vida amorosa partiu para inúmeras aventuras e casamentos terminados e frustrados.
Tentou fazer o curso de medicina na cidade do Porto, mas não conseguiu e depois fez o curso de Direito, era um intelectual nato. Camilo teve filhos, dois com Ana Plácido, e em 1877, falece o seu filho aos 19 anos de idade, Manoel Plácido Pinheiro Alves.
Praticamente impossível fazer referências à tantas obras desse magistral escritor da Língua Portuguesa e prêmios ele sempre recebeu, inclusive do governo da Espanha Carlos III, uma comenda.
Em seu Livro “Maria Moisés” encontramos “trovas” poéticas muito interessantes, como:

Muitos presumem saber
As operações dos céus,
E que morte há-de morrer,
E o que há-de acontecer
Aos anjos e a Deus,
E ao mundo e ao diabo.
E o que sabem tem por fé
E eles todos em cabo
Terão um cão pelo rabo
E não sabem cujo é.
Isto é cousa natural,
E muito acontecedeira.
Se nunca fora outra tal,
Disséramos que era mal,
Por serdes vós a primeira!

Portanto, foi um mestre dos mestres da Literatura Portuguesa de todos os tempos e para a sua memória “Olor de Flores”!

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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