A origem do “CONTO DO VIGÁRIO”

Por Adriano Augusto da Costa Filho

 

Em Portugal tudo aconteceu no “Conselho do Ribatejo” no Sul de Portugal, com um pequeno lavrador e negociante de gado de nome “Manuel Peres Vigário”.

Chegou uma vez ao pé dele certo fabricante ilegal de notas falsas e lhe disse: “Sr. Vigário, tenho umas notas de Cem Mil Réis que me falta passá-las, o Sr. as quer? Eu as dou por 20 Mil Réis cada uma”, mas o “Vigário” não as quis, mas fez uma outra proposta de vinte notas a Dez Mil Réis cada uma.

Passados alguns dias o “Vigário” tinha que pagar a compra de uns gados e pelo valor de dez mil réis e foram-se encontrar numa taberna, e ai como o “Manuel Peres Vigário” sentou-se ao lado deles e pediu um vinho e em seguida começou a pagar a divida e puxou da carteira as notas de cem mil réis e não notaram as de 50 mil réis, receberam e guardaram no bolso sem verificar as notas pagas, achando que o Vigário estava pagando com as notas de cem mil réis.

O “Vigário” pediu mais vinho e depois da bebedeira disse que queria um RECIBO, pois que queria as coisas certas e ai os irmãos aceitaram e ele acabou ditando os dizeres do Recibo, no qual na Taberna, a tal dia, e a tal hora, tinha pago a quantia de 1 CONTO DE REIS, em notas de Cincoenta Mil Reis, o Recibo foi datado e selado assinado e o Vigário o meteu no bolso e foi-se embora.

Ao dia seguinte, os irmãos foram pagar as suas dívidas e lhes foram devolvidas as notas que eram falsas e não haviam notado no dia anterior. Os irmãos queixaram-se na polícia, porém, o Vigário apresentou os recibos e como era de justiça foi mandado embora, porém, a notícia se espalhou.

No Brasil – A história do Manuel Peres Vigário se espalhou em todo Portugal, e como era uma época da colonização brasileira, os portugueses que vinham ao Brasil, a história não ficou secreta e também aos poucos se espalhou no Brasil, e ficou eternizada também como na época da Colonização, no Império brasileiro e finalmente até hoje nos tempos republicanos e até o mestre Fernando Pessoa chegou a referir-se a esse caso eterno do: “CONTO DO VIGÁRIO”.

Por Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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