A Diáspora nas eras lusitanas e portuguesas

Séculos e Séculos se passaram, milhares de anos, e sempre existiu a “DIÁSPORA”,  o termo vem de “Éras” Gregas, que significava a dispersão de povos.

Nas “Éras” pré-históricas, nas “Eras “Lusitanas”, nas “Eras” Portuguesas, com certeza houve muita dispersão dos seus povos. Haja visto, a formação de 8 países de Língua Portuguesa.

No conceito mundial, aplica-se ou aplicou-se a DIÁSPORA para os povos “Judaicos” e “Africanos”, em razão de acontecimentos políticos, religiosos, escravidão, expansão demográfica, climática, guerras, avanço territorial e outros fatos. Porém, a Diáspora sempre existiu, ela é e foi consequência de eras primitivas da humanidade, que talvez e provavelmente diminuirá nas futuras “eras” da humanidade com o avanço tecnológico.

As imensas imigrações “africanas” segundo especialistas, que ondas de imigrantes foram para a Europa há provavelmente 10 mil anos, quando houve uma onda de frio imenso e que cobriu imensas partes do globo terrestre, naturalmente houve consequências e transformações com povos que ficaram em partes geladas do planeta, povos do norte da Europa, Ásia etc..bem como, a onda “escravagista ” onde milhões de africanos vieram para os países da América do Norte e do Sul.

Em Portugal, com a colonização de povos da África, a Diáspora Portuguesa avançou com milhares de portugueses emigrando para esses países, mormente para Moçambique e Angola e em menor escala para os outros territórios, que hoje são os que ficaram em 7 países de Língua Portuguesa, fora ilhas e demais territórios.

No Brasil, com a colonização portuguesa, nos primeiros séculos a imigração era constituída por soldados, administradores, médicos, professores, políticos, artistas, presos que aderiram, comerciantes e religiosos e portanto, creio eu, não significar uma “DIÁSPORA”, inclusive a miscigenação das raças começou a constituir o povo brasileiro.

Com a proclamação da República em 1889 e em 1895, um decreto governamental autorizou a emigração para o BRASIL, e de 1895 até 1920 entraram no país 5 milhões de imigrantes, que vieram de quase todas partes do mundo e de PORTUGAL, calculou-se que perto de 3 milhões de pessoas vieram para o BRASIL.

Nessa onda de imigração, que praticamente era uma DIÁSPORA, vieram os meus familiares, os meus avós paternos e maternos, os meus pais, tios, primos e amigos de TRÁS-OS-MONTES, em viagens de quase dois meses de navios pelos oceanos e chegando aos milhares diariamente nos portos de Santos e do Rio de Janeiro.

Após a guerra de 1939 a 1945, imensas imigrações aconteceram, deslocando-se povos de muitos países para outros locais, mormente para a América do Norte e Oceania, e como também a Diáspora Judaica continuou e provavelmente continuará por séculos e séculos sem fim, devido a imensas guerras religiosas.

No Brasil, não falamos a palavra DIÁSPORA, porque se aplica geralmente a povos distintos, porém, a emigração interna sempre constituiu-se de brasileiros de outras regiões que emigram para outros Estados da União Brasileira. Sito uma imigração em minha família, os meus sobrinhos Fernando e Luciana e minha irmã Cleide da Costa Grossi, emigraram para o Canadá, no ano de 1999 e por lá em Edmonton, em ALBERTA, permanecem até os nossos dias.

No PORTUGAL da Era do EURO, também imensas populações deslocaram-se para outras partes, para a África, França, Estados Unidos e outras partes, como também ondas de outras partes da Europa e da África adentraram os países da União Europeia, e mormente em PORTUGAL, o que talvez possamos considerar novamente uma DIÁSPORA PORTUGUESA.

 

Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

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