Economia cresceu 2,1% em 2018 e ficou abaixo da meta do Governo

Da Redação

O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 2,1% em 2018, menos 0,7 pontos percentuais do que o observado no ano anterior e abaixo da previsão do Governo de uma expansão de 2,3%, divulgou o INE.

Segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), “esta evolução resultou do contributo mais negativo da procura externa líquida, verificando-se uma desaceleração das exportações de bens e serviços mais acentuada que a das importações de bens e serviços, e do contributo positivo menos intenso da procura interna, refletindo o crescimento menos acentuado do Investimento”.

As exportações e as importações de bens aumentaram 5,3% e 8,0% em 2018, desacelerando face às subidas de 2017, e o déficit comercial agravou-se para 17.130 milhões de euros

O PIB, em termos homólogos, aumentou 1,7% em volume no quarto trimestre de 2018 (2,1% no trimestre anterior) e, face ao terceiro trimestre, avançou 0,4% (0,3% no trimestre anterior).

Para este ano, a Comissão Europeia reviu em baixa a sua previsão para o crescimento da economia portuguesa, prevendo uma expansão de 1,7%, abaixo da estimativa de 2,2% do Governo.

Acima da média UE

Os dados divulgados pelo INE “mostram que Portugal continua a crescer significativamente acima da média da União Europeia e da zona euro”, segundo o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira.

Pedro Siza Vieira afirmou que “o comportamento da economia assentou principalmente num crescimento forte das exportações, que no conjunto do ano, relativamente aos bens, cresceram cerca de 5,3%, e também num crescimento muito forte do investimento privado”.

Foram “três anos de crescimento das exportações acima da média do crescimento da economia e três anos de crescimento muito forte do investimento privado”.

O Ministro sublinhou que “este comportamento da economia também explica o grande dinamismo do mercado de emprego, com mais de 390 mil empregos criados nestes três anos”.

Assinalando uma “grande confiança que os investidores externos têm no País”, afirmou que “para os próximos tempos, todas as instituições continuam a projetar um crescimento da economia portuguesa acima da média da zona euro”.

Estas projeções assentam “num comportamento muito dinâmico do investimento empresarial privado, quer nacional, quer estrangeiro, que é também um sinal de confiança na nossa economia”.

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