Brasil assume a presidência pró-tempore do Mercosul

Da Redação
Com EBC

Com a presença do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil assumirá a presidência pró-tempore (rotativa) do Mercosul no próximo dia 17 , em Santa Fé, Argentina, durante reunião dos chefes de Estado do bloco.

A participação de Bolsonaro na 54ª Reunião do Conselho do Mercosul e países associado será precedida por uma série de reuniões entre funcionários de governos e diplomatas, que discutirão medidas para simplificar e desburocratizar as relações comerciais e institucionais entre as nações que compõem o próprio bloco e outros países.

Em clima de celebração pelo fechamento do acordo do Mercosul com a União Europeia (UE), a delegação brasileira será chefiada pelo chanceler Ernesto Araújo, que participa, no dia 16, dos encontros preparatórios da cúpula.

Em Santa Fé, haverá também reuniões preparatórias nos dias 14 e 15 de julho, com reunião da comissão de comércio do Mercosul e uma discussão sobre o funcionamento de um mercado comum.

Na presidência do Mercosul, a delegação brasileira pretende aprofundar as providências adotadas pela Argentina, país que é o atual líder pró-tempore do bloco e que, nessa condição, presidiu com êxito as negociações com a União Europeia.

Atualmente, no âmbito do Mercosul, existem mais de 200 órgãos, conselhos e comissões, fator que pressiona os orçamentos do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, países que compõem o bloco.

Sob a presidência pró-tempore do Brasil, os membros do Mercosul vão checar o funcionamento e o objetivo de cada órgão ou conselho, que serão extintos, se houver comprovação de que não têm utilidade prática.

Tarifa Externa Comum
Segundo integrantes da delegação brasileira, o Brasil vai trabalhar para reduzir as Tarifas Externas Comuns (TECs), que são aplicadas na comercialização de produtos entre os membros do bloco. As TECs foram criadas no início do Mercosul para proteger a indústria de cada país e, dessa forma, evitar o monopólio da produção. Com o tempo, porém, as TECs contribuíram para que o Mercosul se transformasse em um bloco de países fechados e avessos ao comércio mundial.

O fechamento do acordo com a UE vai proporcionar, segundo a delegação brasileira, que essas tarifas sejam reduzidas para que o comércio na região se iguale às condições do bloco europeu.

A UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) fecharam no final do mês passado um Acordo de Associação Estratégica para criar uma das maiores áreas de comércio livre do mundo, sem precedentes na relação entre a Europa e a América Latina.

Durante os próximos seis meses, o Mercosul vai dedicar-se à revisão doO ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, adiantou que o Mercosul pretende usar o acordo com a UE como uma espécie de cartão-de-visita para outras negociações. acordo comercial com a UE que dará acesso a um mercado de quase 800 milhões de pessoas.

Depois desse procedimento burocrático, o acordo deve ser traduzido nos 30 idiomas oficiais dos países envolvidos e será submetido aos parlamentos de cada um deles para as respetivas ratificações.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, adiantou que o Mercosul pretende usar o acordo com a UE como uma espécie de cartão-de-visita para outras negociações.

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