Recuperação econômica de Portugal é uma “história de sucesso”

Da Redação
Com Lusa

O diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade considerou esta semana que a recuperação da situação econômica de Portugal é uma “história de sucesso”, embora reconheça que, aquando do programa de assistência, os portugueses “não tenham ficado felizes” com as medidas.

“Portugal é, claramente, uma história de sucesso. É uma das nossas cinco histórias de sucesso [juntamente com Irlanda, Espanha, Grécia e Chipre]”, afirmou o diretor do ESM (sigla em inglês de European Stability Mechanism).

Respondendo a uma questão da agência Lusa num encontro com jornalistas correspondentes em Bruxelas na sede do ESM, no Luxemburgo, Klaus Regling recordou que Portugal “foi capaz de sair do programa [de assistência] três anos depois do início”.

“Alguns anos depois, são notórios os efeitos positivos das reformas implementadas”, realçou o responsável na resposta dada à Lusa, frisando que “Portugal tem hoje, pela primeira vez em 50 anos, um orçamento equilibrado e um elevado crescimento, acima da média da zona euro”.

“E continua a baixar os níveis de desemprego, que estão agora abaixo dos registados antes da crise”, assinalou.

De acordo com Klaus Regling, “o problema foi que os resultados não surgiram logo”.

“O ritmo [de crescimento econômico] foi lento durante o programa e a população, por vezes, não gostava das medidas implementadas, o que é normal porque, por vezes, estes ajustamentos são dolorosos por incluírem uma redução dos salários e cortes nas pensões. Também abrangem reformas estruturais e, quando isso acontece, normalmente as pessoas não ficam muito felizes”, reconheceu o diretor do ESM.

Portugal esteve, entre 2011 e 2014, sob assistência financeira no âmbito de um programa europeu de ajustamento macroeconômico.

Apesar de reconhecer a situação “muito positiva” da economia portuguesa, Klaus Regling destacou que “uma área em que existe trabalho por fazer é a dos NPLs [non-performing loans, o crédito malparado]”.

“Em Portugal, os NPLs estão acima da média europeia, mas ainda assim muito abaixo de há alguns anos”, indicou.

E concluiu: “Têm vindo a descer ano após ano […] e, por isso, estou confiante que isso continuará a acontecer”.

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