Presidente do PSD Rui Rio disse ter conhecido uma comunidade “fortíssima” no Brasil

Foto Odair Sene: O líder do PSD esteve com líderes associativos na Casa de Portugal de SP, e com o apresentador da TV Cultura, Ricardo Lessa.

Mundo Lusíada

O presidente do PSD de Portugal, Dr. Rui Rio esteve no Brasil para as comemorações do Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas. Em sua visita a São Paulo, Dr. Rui esteve no almoço da Casa de Portugal onde conversou com o Mundo Lusíada sobre sua decisão de passar o 10 de Junho com as comunidades luso-brasileiras.
“Há comunidades portuguesas espalhadas por todo o mundo, mas aquelas que estão nos países de língua portuguesa naturalmente têm mais força, e a de São Paulo e Rio, tirando Paris fora da Europa, é maior de todas”, disse Rui.
Além de São Paulo ele esteve em visita a Santos, num jantar organizado no Centro Cultural Português. O político do PSD disse que, como esperava, identificou uma comunidade “fortíssima” assim como a comunidade brasileira existente em Portugal. “Isso deve-se muito também a história comum, a nossa cultura e laços familiares comuns. Muitas famílias portuguesas tem antepassados que são brasileiros, e muitos brasileiros tem antepassados que são portugueses”, diz citando que em sua deslocação acaba falando com pessoas que se não eram portuguesas, tinham familiares portugueses.
“É realmente uma comunidade fortíssima, completamente entrosada na sociedade brasileira, muito dinâmica, de pessoas com coragem, que gostam do risco e pessoas que trabalham muito, e tem a receita para o êxito”, disse sublinhando não só os antigos portugueses que se estabeleceram bem no Brasil, como também a nova geração de portugueses.

Eleições
Sobre a baixa participação da diáspora no processo eleitoral, Dr. Rui comentou que compreende o processo. “Eu não misturo as últimas eleições europeias porque compreendo que um eleitor português que está a viver muito longe de Portugal não se sinta muito atraído para ir votar em 21 deputados para a Europa. Até essa taxa de abstenção nas europeias eu compreendo, já temos que combater com mais evidência a taxa de abstenção para a Assembleia ou Presidência da República”, declarou ele visando resultados mais localizados.
“Eu penso que o primeiro passo a dar é uma organização administrativa mais bem feita, mais mesas de voto, uma comunicação direta às pessoas e incentivá-las a votar. É o primeiro passo e o mais simples de fazer. O segundo passo é naturalmente estreitar os laços de ligação, é interessar-se pelo cotidiano da vida em Portugal, e não só pela família em Portugal. Temos que estreitar os laços entre Portugal e suas comunidades, para que as pessoas sintam-se envolvidas e que seu voto conta”.
Comentando a recente visita da presidente do CDS, Assunção Cristas, que pretende abrir núcleos do partido no Brasil, Dr. Rui comentou que é diferente do PSD, já que aquele é um partido “quase sem implementação ao nível das comunidades”. “O PSD, há muitos anos, é um partido de forte implantação. Dos dois deputados eleitos, os dois são do PSD, o PS (por exemplo) não elegeu nenhum”, lembrou.
Segundo ele, o PSD pode abrir mais núcleos mas o que é preciso fazer é dinamizar os que já existem e estão montados há muitos anos. “Temos que procurar uma maior dinamização da estrutura partidária fora do território”.
Por fim, Dr. Rui comentou que em breve terá que escolher os candidatos a deputados em todos os distritos de Portugal e na emigração até o próximo mês de julho, portanto não citou nomes específicos para as listas. “Aquilo que me compete como líder do partido publicamente é não falar sobre esse tema porque é delicado, não há lugar para todos”.
Há quase seis anos, Dr. Rui Rio foi presidente da Câmara do Porto, e sem comentar sobre sucessores à frente da autarquia, citou que a cidade passou por um surto de desenvolvimento ao longo do século 21, com a onda do turismo, tem sido uma cidade atrativa.

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