É preciso “alinhar” políticas com as necessidades das empresas

Da Redação
Com Lusa

O secretário de Estado da Economia de Portugal alertou ser preciso “alinhar os instrumentos públicos” com as necessidades das empresas e elogiou o setor têxtil pela “capacidade de adaptação” e por ser capaz de procurar novos mercados.

Em Guimarães, à margem de um dia dedicado ao setor têxtil com visitas a empresas e instituições, João Neves mostrou-se “muito confiante” em relação ao futuro das empresas nacionais, sem deixar de referir “sinais de alerta”, como o abrandamento do crescimento econômico em países tradicionalmente importadores da indústria portuguesa.

“A globalização é isto. Ter a capacidade de ter mercado em todo o mundo, mas também ter concorrentes em todo o mundo. O que nós temos é que ser capazes de perceber, empresas e Estado, as mudanças e encontrar caminho para o futuro”, apontou o governante.

Questionado sobre as políticas do Governo para o setor têxtil e as empresas, João Neves alertou para a necessidade de se trabalhar em conjunto.

“O Governo tem que trabalhar em conjunto com os agentes econômicos, encontrar soluções em conjunto para os problemas e afirmar as nossas empresas, é o ponto de partida. Temos que alinhar aquilo que são os instrumentos púbicos que temos, nomeadamente no Ministério da Economia, com as necessidades das empresas”, salientou.

Reconhecendo alguns motivos de preocupação, o secretário de Estado de Pedro Siza Vieira deixou uma mensagem de confiança: “Eu estou muito confiante. Há sempre sinais, os sinais existem, assistimos a um abrandamento do crescimento econômico nos principais mercados de destino, Alemanha, França, temos a situação muito complexa no Reino Unido, mas as empresas também têm apostado na capacidade de diversificar a na procura de novos mercados”, disse.

Para o presidente da Câmara de Guimarães, e também presidente da Comunidade Intermunicipal do Ave, Domingos Bragança, a vitalidade do setor têxtil deve-se também à mudança de mentalidades.

“O perfil [do empresário têxtil] mudou muito. Temos agora empresários muito sabedores do que estão a fazer, com muito maior conhecimento técnico, empresários que têm uma abordagem da empresa e do mundo cosmopolita, uma abordagem global, o que nos dá garantia que vamos ter um futuro melhor”, disse.

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