“Não tememos o futuro. Somos imparáveis”: No final da Web Summit, presidente diz que “Portugal ganhou imenso”

Da Redação
Com Lusa

O Presidente da República defendeu nesta sexta-feira que “Portugal ganhou imenso” com a realização da Web Summit em Lisboa, em termos de investimento e crescimento econômico, e disse que se fosse jovem seria voluntário na cimeira tecnológica.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Parque das Nações, em Lisboa, no encerramento de mais uma edição da Web Summit, a quarta realizada em Portugal, numa intervenção em inglês que terminou com um elogio às “gerações mais novas, que estão a viver como heróis esta revolução tecnológica”, e em tom otimista: “Não tememos o futuro, somos imparáveis, ninguém nos irá parar”.

“Portugal ganhou imenso com a Web Summit. Tenho ouvido muitas vezes argumentos como que isto custa uma fortuna, uns milhões, e até há voluntários que não são pagos com o estatuto laboral. Então, o que eu acho é o seguinte: primeiro, as pessoas muitas vezes não sabem os investimentos que vieram por causa da Web Summit”, declarou aos jornalistas, em seguida.

O chefe de Estado referiu que houve “grandes empresas internacionais que se instalaram desde 2016 em Portugal, com centenas e milhares de trabalhadores, tudo somado – ainda agora a Nokia anunciou, mas outras tinham anunciado, grandes empresas automobilísticas estrangeiras, nomeadamente alemãs, e outras, ou empresas ligadas às novas tecnologias, que se instalaram por causa da Web Summit”.

“Portanto, no deve e no haver, nós ficamos no mapa das ‘startups’, mas, mais do que das ‘startups’, dos investimentos ligados àquilo que vai ser o futuro”, acrescentou.

Quanto aos voluntários, afirmou: “Eu, se tivesse idade para ser voluntário, era voluntário. Eu adorava ter sido voluntário num acontecimento mundial, estar de perto a ouvir grandes oradores mundiais, se eu tivesse 20 e tal anos, universitário, recém-formado, inscrevia-me como voluntário”.

“Ia lá pensar, naquela altura: ‘bom, eu vou fazer o contrato, para isto, para aquilo’. Era uma oportunidade única”, considerou.

Executivo

Também visitou a cimeira o Primeiro-Ministro, em que em alguns momentos também esteve acompanhado pelas ministras da Cultura, Graça Fonseca, da Modernização Administrativa, Alexandra Leitão, e pela secretária de Estado Adjunta da Saúde, Jamila Madeira, e sempre acompanhado pelos ministros de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

António Costa chegou ao Parque das Nações ao fim da manhã, tendo estado reunido com o presidente da Microsoft Brad Smith, e com o direito chefe de tecnologia da Procter Gamble, Alan Boehme, encontros em que abordou temas como o ecossistema da inovação e o apoio a jovens empreendedores.

Durante a tarde, António Costa visitou os três pavilhões de exposição e teve a oportunidade de falar com vários jovens empreendedores portugueses, assim como conhecer os projetos para o país de gigantes tecnológicos como a Google, a Microsoft, a Vinci Aeroportos ou a Siemens.

Antes de entrar nos parques de exposições, o primeiro-ministro teve um breve encontro com o líder da Web Summit, Paddy Cosgrave, que destacou como “principal evolução positiva o número crescente de mulheres” entre os empreendedores.

Já sobre o número total de participantes na Web Summit, Paddy Cosgrave defendeu junto de António Costa que a fasquia dos 70 mil é a ideal para este evento em Portugal.

Já o primeiro-ministro, perante os jornalistas, defendeu que “há uma maior vibração do ecossistema em Portugal”.

“Há cada vez mais estrangeiros a marcarem presença na Web Summit, o que significa que estamos a ser reconhecidos internacionalmente como uma grande plataforma do ecossistema do empreendedorismo e da inovação a nível mundial”, sustentou.

Já sobre a expansão dos pavilhões da FIL, uma das condições para que a Web Summit tenha permanecido em Portugal, António Costa afirmou que esse processo “tem a negociação em curso) com a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e vai chegar a bom porto”.

“Brevemente, as negociações chegarão a bom porto e estarão preenchidas as condições para podermos contar com a Web Summit pelo período em que está contratada e com as condições para poder continuar a crescer todos os anos”, acrescentou.

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