Visita do Papa ao Rio conquista peregrinos portugueses

Por Igor Lopes
Mundo Lusíada

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Cerca de 700 portugueses estiveram no Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude, que trouxe ao Brasil o Papa Francisco. Para marcar esse momento, dezenas de jovens lusitanos participaram na LusoFEsta, que procurou integrar os jovens nessa iniciativa da igreja católica.

O encontro, que ocorreu no dia 24 de julho no auditório da Universidade Estadual do Rio, na Zona Norte carioca, contou com a participação do ator português Ricardo Pereira e de componentes da escola da samba Unidos da Tijuca, presidida pelo lusitano Fernando Horta. Canções religiosas também fizeram parte do programa através da voz do padre Omar Raposo. Houve ainda apresentações de danças típicas de São Tomé e Príncipe e Angola e uma leitura de poemas feita pelos jovens portugueses, incluindo textos de Fernando Pessoa e de Carlos Drummond de Andrade.

Para os organizadores da festa, o objetivo foi “celebrar o encontro de povos e culturas, o convívio e a festa da vida e da Fé, na promoção do diálogo interinstitucional e geracional, de partilha de culturas, na diversidade da degustação de sabores”, além de ser uma oportunidade de permitir a “partilhar de experiências e de fé com os jovens participantes e os bispos portugueses que vão estar nas JMJ por esta altura”.

“Visto que esta é a primeira Jornada em um país de língua portuguesa, fizemos questão de convidar todos os países lusófonos para nos encontrarmos, os nossos bispos, os jovens uns com os outros, nesse encontro com a fé”, comentou o padre Eduardo Nova, da Pastoral da Juventude portuguesa, que estava no evento.

No sábado, 27, após recitar o Angelus do balcão do Palácio São Joaquim, o Papa almoçou com 12 jovens, dentre os quais estava o português Filipe Teixeira, que atuou como voluntário no Rio.

Também presente na cidade maravilhosa, o padre português Juan Freitas, da diocese de Vila Real e que liderou um grupo de cinco pessoas da paróquia de São Miguel de Poiares, afirmou que o Papa é uma pessoa “muito especial”.

Peregrinos de Vila Real têm ainda mais motivos para agradecer a visita ao Rio, já que pudera, estar bem próximo ao Papa, quando o Pontífice desceu do papamóvel para abençoar uma estátua de São Francisco de Assis, na Zona Norte.

A igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Centro do Rio, participou do evento acolhendo peregrinos. Já o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, na Zona Oeste, foi palco de várias celebrações envolvendo jovens de todo o mundo. Por seu turno, a Igreja de Santo Antônio dos Pobres, no Centro, cujo provedor é o português José Queiroga, recebeu centenas de peregrinos, na sua maioria de nacionalidade francesa. Antes da chegada dos jovens, houve um momento triste. Uma peregrina francesa, chamada Sophie Morinieri, faleceu após um acidente de trânsito na Guiana Francesa, quando estava em viagem para o Rio.

Na chegada do Papa à cidade, cerca de 70 jovens católicos do Coral Infantil Rosário de Fátima se apresentaram ao Santo Padre, na base aérea do Galeão. O coral infantil é formado por frequentadores da paróquia de Nossa Senhora de Fátima e Santo Antônio de Lisboa e tem como regente a maestrina Cristiane Weinert.

No domingo, 28, último dia da JMJ, mais de três milhões de pessoas lotaram as areias da praia de Copacabana, na Zona Sul, onde presenciaram mais uma missa levada a cabo pelo líder da igreja católica, que retornou para o Vaticano nesse mesmo dia à noite.

Em sua conta no Twitter, o pontífice publicou uma mensagem de agradecimento aos brasileiros: “Agradeço profundamente a todos aqueles que trabalharam para o sucesso da JMJ e abraço vocês todos, os participantes”, disse. Ao chegar à Itália, dia 29, o Papa comentou que “a minha alegria é muito maior que o meu cansaço!”.

Lusófonos na JMJ

Foram muitos os países africanos representados na JMJ no Rio de Janeiro. De entre eles, jovens de Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe. Cabo Verde esteve representado com 150 jovens, São Tomé e Príncipe com 46, Moçambique com cerca de 60 participantes. Também de Macau, pela primeira vez, um grupo de língua portuguesa participou das Jornadas Mundiais da Juventude, com uma comitiva composta por dez pessoas.

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