Vício em videogame é classificado pela OMS como problema de saúde mental

Da Redação
Com ONU News

A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou esta segunda-feira que o vício em videogames e jogos digitais está sendo oficialmente classificado como um “problema de saúde mental”.

A condição ganha o código 6C51 dentro da Classificação Internacional de Doenças, que contém 55 mil códigos para ferimentos, doenças e causa mortis. O sistema fornece um vocabulário comum para que médicos do mundo todo registrem, reportem e monitorem problemas de saúde.

Vício por mais de um ano
A agência explica que os códigos são especialmente importantes para problemas de saúde mental, pois fornecem a ferramenta para o diagnóstico adequado.

Segundo a OMS, a pessoa que joga videogames ou jogos digitais de forma compulsiva não têm controle sobre o tempo que passa jogando e acaba dando prioridade à atividade.

O diagnóstico pode ser feito quando existem grandes danos à vida pessoal e social do paciente, que também tem sua performance no trabalho ou na escola prejudicada. Esse padrão precisa estar evidente por pelo menos 12 meses.

Transgêneros
A OMS também decidiu tirar a incongruência de gênero da lista de problemas de saúde mental, pois “as evidências deixam claro que não se trata de um problema desse tipo, o que tem causado enorme estigma aos transgêneros”.

A condição passa a ser de saúde sexual, já que “existem cuidados de saúde que podem ser tratados de uma melhor forma sob essa nova classificação”.

Já a resistência de bactérias a antibióticos ganha um código e segundo a OMS, isso ajudará a se fazer um melhor mapeamento da resistência a drogas no mundo.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirma que a Classificação Internacional de Doenças é um “produto que é motivo de orgulho” para a agência. Segundo ele, os códigos ajudam a entender o que causa doenças e mortes e com isso, é possível “agir para prevenir sofrimento e salvar vidas”.

A revisão dos códigos será apresentada à Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2019 para ser adotada pelos Estados-membros e entrará em vigor em 1 de janeiro de 2022.

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