Vento forte dificulta combate às chamas na Póvoa de Lanhoso

Da Redação
Com Lusa

O “vento forte” é a principal dificuldade no combate ao incêndio florestal que deflagrou pelas 06:17 em Leiradela, freguesia de Travassos, Póvoa de Lanhoso, mas a situação “está a evoluir favoravelmente”, disse fonte do CDOS de Braga.

Em declarações à Lusa, Hermenegildo Abreu, comandante distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Braga, adiantou que o combate deverá ser “facilitado” a partir da tarde, com a previsível diminuição da força do vento.

Outra dificuldade encontrada pelos operacionais é o “declive” do terreno.

O incêndio tinha, pelas 12:00, duas frentes ativas, estando a ser combatido por 133 operacionais, apoiados por 45 meios terrestres e quatro aéreos. Segundo Hermenegildo Abreu, não há qualquer habitação em perigo nem se registraram feridos.

Dispositivo de combate

O dispositivo de combate aos incêndios rurais vai ser prolongado na sua capacidade máxima até 15 de outubro devido às previsões meteorológicas e à manutenção do risco de fogo em níveis elevados, segundo o Ministério da Administração Interna (MAI).

“Face às previsões meteorológicas para a primeira quinzena de outubro – com temperaturas superiores à média para esta época do ano e baixa probabilidade de ocorrência de precipitação – um quadro que deverá levar à manutenção do risco de incêndio florestal em níveis elevados, e considerando a prorrogação até 15 de outubro do período crítico no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, o Ministério da Administração Interna determinou à Autoridade Nacional de Proteção Civil o prolongamento do Nível de Empenhamento Operacional (Reforçado) Nível IV até 15 de outubro”.

A nota do ministério tutelado por Eduardo Cabrita adianta que, deste modo, “será assegurada a continuidade da operação dos meios cujo empenhamento operacional terminava a 30 de setembro, nomeadamente dos meios aéreos, dos respectivos Centros de Meios Aéreos, das equipas dos corpos de bombeiros e dos comandantes de permanência às operações”.

O MAI refere que “este prolongamento é concretizado de acordo com a flexibilidade operacional prevista” na diretiva operacional que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR).

De acordo com o DECIR, vão continuar operacionais, até 15 de outubro, 10.767 elementos e 2.463 veículos dos vários agentes presentes no terreno e 55 meios aéreos, dispositivo que está no terreno desde 01 de julho e que deveria terminar a 30 de setembro.

Na terça-feira, o Governo já tinha decidiu prolongar o período crítico de incêndios no âmbito do Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios devido às circunstâncias meteorológicas expectáveis para a primeira quinzena de outubro

Este prolongamento do período crítico significa que vai continuar a ser proibido fazer no espaço florestal queimadas, queimas, lançar foguetes, fumar e utilizar certos tipos de máquinas agrícolas.

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