Ígor Lopes | De Lisboa para Mundo Lusíada
No dia que marcou o encerramento do Rock In Rio-Lisboa, o Palco Mundo recebeu vários estilos. Desde hip hop à rock, passando pelo pop mais tradicional. Cinco bandas que animaram o público em Lisboa e que completaram o cartaz de cinco dias de muita música e animação na capital portuguesa. Marcelo D2 foi o primeiro a apresentar-se no último dia de Rock In Rio-Lisboa. O espetáculo começou por volta das 18 horas, com um sol ainda muito forte. Em palco, o hip hop foi o estilo predominante, num concerto em que algumas músicas do Planet Hemp marcaram presença. “O que eu quero agora é poder tocar no Rock In Rio à noite”, ironiza Marcelo. Esta foi a estreia da banda no festival, embora, “o nosso grupo tenha começado em 1985, quando os que hoje fazem parte da banda estiveram no Rock In Rio, ainda no Brasil, e saíram de lá contagiados e decididos a embarcar na carreira musical”, lembra Marcelo. Em tom de balanço, o vocalista sublinha que a participação da banda no Rock In Rio foi positiva. “Acho bom poder conquistar as pessoas através da música e não pela questão da celebridade”, comenta. Marcelo D2 tem já gravados oito cd’s (três de platina e cinco de ouro) e seguem agora para mais uma turnê pela Europa. Ao todo, o grupo vai visitar 30 países euorpeus, durante dois meses, além dos Estados Unidos. Portugal marcou a estreia dessa turnê. A inglesa Corinne Bailey Rae foi a segunda a subir ao Palco Mundo. A cantora, que escreve basicamente sobre amor, foi protagonista de um concerto calmo, sem muita agitação. Anastacia foi a responsável por uma das melhores apresentações do festival. Carismática, envolveu o público na sua performance, dando a oportunidade de um dos fãs subir ao palco. A interação com a multidão foi uma marca do concerto dessa norte-americana que levou a audiência ao delírio através dos seus maiores sucessos. O cantor Sting foi o penúltimo a tocar. Os seus êxitos animaram a multidão de 65 mil pessoas que visitaram a Cidade do Rock e que tiveram a oportunidade de assistir ao concerto, integrado no Broken Music Tour 2006 que chega pela primeira vez à Europa. Para além dos seus singles mais populares, Sting acabou por bater um record neste evento, já que, pela segunda vez, atuou no último dia do Rock In Rio-Lisboa. Já os portugueses do GNR (Grupo Novo Rock) apresentaram um espetáculo sem surpresas. Em clima de festa, a banda tocou alguns dos seus maiores sucessos, que marcam a celebração dos 25 anos de carreira do grupo, o que não foi suficiente para animar a plateia presente. Antes do encerramento do festival, a organização do evento prestou uma homenagem de apoio à seleção portuguesa de futebol, estendo uma bandeira e uma camisa da seleção das quinas no recinto. O hino nacional português emocionou a multidão presente. Sucesso garantido em Lisboa Ao todo, este ano, em cinco dias de festa, cerca de 360 mil pessoas visitaram o recinto do Rock In Rio-Lisboa. Como resultado, a capital portuguesa volta a receber o evento em 2008, tendo sido ainda anunciada a realização do evento, em simultâneo, com outra cidade fora de Portugal, que ainda não foi anunciada. Os próximos destinos do festival são Sidney e Cape Town, em Fevereiro de 2008. No ano que vem, Madrid pode receber, também, o festival. Para Roberto Medina, mentor do projecto que nasceu há mais de 20 anos, “acima de tudo, o Rock in Rio é um conteúdo com um potencial muito forte para ser explorado em termos sociais e turísticos pelas cidades que recebem o evento. Lisboa é uma aposta ganha e esperamos aumentar ainda mais o fluxo de turistas estrangeiros na cidade com a expansão internacional da marca para outros países".