Segundo ministro deixa o Ministério da Saúde após um mês

Nelson Teich. Fotos Marcello Casal-Agencia Brasil

Da Redação
Com EBC

Depois de Luiz Mandetta, nesta sexta-feira o Ministério da Saúde informou que também o ministro Nelson Teich deixou a pasta, ele pediu exoneração do cargo nesta manhã.

Nelson Teich assumiu o cargo há quase um mês, após a saída do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, em 16 de abril.

Ambos ministros divergiram com o presidente Jair Bolsonaro sobre os caminhos para o combate à pandemia do novo coronavírus no país, como as medidas de isolamento social e o uso da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes.

Em uma rápida coletiva de imprensa, Teich declarou que aceitou o desafio de assumir a pasta da Saúde para “ajudar o país”. “A vida é feita de escolhas. E eu hoje escolhi sair”, começou por declarar o ex-ministro. “Eu aceitei porque achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar as pessoas”, disse elogiando toda a equipe que esteve trabalhando com ele, além de todo corpo médico que está “na ponta”, trabalhando nos hospitais do país.

E destacou a importância do trabalho conjunto do governo federal com os conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde, lembrando que o Sistema Único de Saúde (SUS) é “tripartite”. Terminou defendendo o Sistema SUS, observando que é “cria do sistema público”.

Segundo o ministro, a equipe deixou pronto para governadores e secretários estaduais um plano de combate ao coronavírus.

“Deixo um plano de trabalho pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o que está acontecendo e pensar próximos passos. Quais são os pontos que precisam ser avaliados, os pontos críticos para considerar na tomada de decisão”, declarou.

Teich elencou também o programa de testagem, que está “pronto para ser implementado”. “Isso vai ser importante para entender a situação da covid-19, o que é fundamental para definir estratégias e ações”, acrescentou.

Neste dia 15, o então ministro deliberou a instituição do Gabinete de Crise para enfrentamento da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota, o ministério informou a ação conjunta do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil .

O Gabinete de Crise será o fórum de discussões estratégicas entre os três entes federativos para alinhar e decidir ações de monitoramento e mitigação da pandemia da COVID-19 no SUS, para “responder às demandas da pandemia, de forma célere e integrada”.

Na última atualização do dia 14, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou o total de 202.918 casos de coronavírus e confirmou a recuperação de 79.479 (39,2% do total) pacientes. Eram 13.993 mortes provocadas pela doença, cuja a taxa de letalidade é de 6,9%, considerando o total de casos confirmados.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: