Quase meio milhão de estrangeiros vive em Portugal

Mundo Lusíada Com agencias

PEDRO PINA – 30.Set.2008/LUSA PORTUGAL

IMIGRAÇÃO >> O PNR – Partido Nacional Renovador – lançou em Setembro de 2008, um outdoor com o título "Imigração? Nós dizemos não!" em Lisboa. No mesmo surge uma ovelha branca a erradicar outras ovelhas negras, representando cada uma delas um tema que o PNR considera as causas e consequências de certos problemas do país: criminalidade, desemprego, baixos salários, multiculturalismo, fronteiras abertas e subsídio dependência, em Lisboa.

A população estrangeira com residência legalizada em Portugal passou de 238,9 mil indivíduos em 2002, para 436 mil em 2008, o que representa um aumento de 82,5%. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2008 a população estrangeira aumentou 8,6% face a 2007.

O INE mostra também o rápido crescimento do número de estrangeiros residentes em Portugal originários da América do Sul, em particular do Brasil, e de países da América Central. Em 2007, a população de origem latino-americana correspondia a 15,5% do total dos estrangeiros em Portugal. Já em 2008, a participação dos latino-americanos subiu para 25,8% do total.

Os imigrantes europeus em Portugal ainda são a maioria, com 38,1% do total, seguidos dos oriundos dos países africanos, sobretudo dos lusófonos, com uma participação de 28,8%. A pesquisa mostra também haver um sensível envelhecimento da população. Entre 2002 e 2008, a população com 65 anos ou mais passou de 16,7%, em 2002, para 17,6% no ano passado.

E para 2010, o governo português vai manter em 3.800 o número de imigrantes que poderão solicitar trabalho e residência em Portugal. A quota é a mesma da definida para 2009. O anúncio foi feito, dia 19 de janeiro, pela ministra do Trabalho, Helena André, após reunião com sindicatos e associações empresariais, no âmbito da concertação social.

No ano passado, de acordo com estatísticas oficiais, apenas 26% das 3.800 vagas para entrada de imigrantes no país foram preenchidas.

Remessas reduziram As remessas de dinheiro enviadas pelos emigrantes em Portugal reduziram em 33%, nos últimos oito anos. Foram 3,7 bilhões de euros, em 2001, para 2,5 bilhões de euros no ano de 2009.

Os dados foram divulgados pelo Banco de Portugal, e segundo informações da Agencia Lusa, confirma o alerta dado pelo presidente português Aníbal Cavaco Silva, ano passado, que defendeu a dinamização das exportações, salientando o papel que os emigrantes podem desempenhar na dinâmica da economia portuguesa. "Quanto menores forem as remessas de emigrantes para Portugal, e quanto menor for o seu investimento no país, menos crédito terão os bancos para conceder às empresas", alertou.

Do total de remessas enviadas para Portugal, 62% (1,5 bilhões de euros) foram enviadas por portugueses emigrados num país da União Europeia. Os emigrantes franceses são os que mais contribuem para esse número com um envio de 983.035 milhões de euros – um peso de 39,6% -, seguidos dos emigrantes suiços (554.125 milhões de euros).

Mais de 5 milhões de portugueses ou luso-descendentes residem fora do país. A sua maioria dispõe de dupla nacionalidade mas 1,3 milhões de emigrantes possuem passaporte português.

Crise econômica Somente no ano passado, as remessas de divisas enviadas pelos emigrantes para Portugal totalizaram, até outubro de 2009, 1,9 bilhões de euros, menos 205 milhões que no mesmo período de 2008. De acordo com analistas econômicos, a queda no valor das remessas enviadas ao país pelos emigrantes chegou a 10% face ao ano de 2008, refletindo a crise econômica internacional.

Em 2008, o dinheiro que os emigrantes lusos colocaram em depósitos nos bancos portugueses já tinha registrado queda de 4% comparativamente a 2007. As maiores quedas, na última década verificaram-se em 2002 e 2003, quando o envio de remessas recuou 25% e 14% comparativamente aos anos anteriores.

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