Protesto dos taxistas mantém-se após reunião com governo luso

Da Redação
Com Lusa

Os taxistas consideraram a reunião com um assessor do primeiro-ministro “uma manobra de diversão”, pelo que vão continuar a manifestar-se e mantém também o protesto agendado para quarta-feira junto à Assembleia da República, em Lisboa.

Os representantes do setor do táxi reuniram-se na tarde desta segunda-feira com um assessor de António Costa para a área econômica.

No âmbito da deslocação dos Restauradores até à Praça do Comércio estava prevista uma vigília em frente ao gabinete do primeiro-ministro, mas os taxistas decidiram regressar à Praça dos Restauradores.

De acordo com o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, o que está em causa é uma “pequena alteração” na lei para que sejam as câmaras municipais a ter a capacidade e competências para determinar contingentes no atual funcionamento das plataformas eletrônicas de transporte de passageiros.

Protesto

Cerca de meio milhar de taxistas desfilaram desde os restauradores até à Praça do Comércio, em Lisboa, gritando por uma resposta do primeiro-ministro, permanecendo depois em vigília.

“Costa, urgente, ouve o presidente”, foi um dos principais gritos de ordem do percurso que levou cerca de 45 minutos a fazer, desde os Restauradores até à Praça do Comercio, onde se encontra instalado o gabinete provisório de António Costa.

Minutos depois de a comitiva chegar à Praça do Comércio, os presidentes da ANTRAL e da Federação Portuguesa do Táxi, Florêncio Almeida e Carlos Ramos, respectivamente, foram chamados ao gabinete de António Costa, e recebidos por um dos seus assessores.

Com manifestação de taxistas, presidente aguarda “equilíbrio justo” no setor

Os taxistas estão concentrados desde as 15:30 na Praça do Comércio onde cantaram o hino nacional, assim como outras frases de luta.

“Somos táxi”, “Costa escuta, os táxis estão na luta”, “Não desistimos”, “Plataformas ilegais não pagam impostos em Portugal”, “Costa agora, ou tens que ir embora” gritaram os profissionais do setor do táxi.

A liderar o desfile estavam mais de uma dezena de mulheres taxistas.

Os taxistas mantêm-se firmes no protesto junto aos seus táxis, que, em Lisboa, segundo os últimos dados divulgados, estão estacionados desde os Restauradores até ao Campo Pequeno.

Para quarta-feira está agendada uma nova marcha até à Assembleia da República, coincidindo com a presença do ministro do Ambiente, que tutela o setor, no plenário.

Inicialmente, os representantes dos taxistas exigiam que os partidos fizessem, junto do Tribunal Constitucional, um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma, uma exigência que não foi acolhida pelos grupos parlamentares.

Na sexta-feira, o processo teve um desenvolvimento, com o PCP a pedir a revogação da lei, uma decisão que os taxistas consideram estar no “caminho correto”, mas que ainda não é suficiente.

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