Presidentes de países lusófonos lamentam morte de Nelson Mandela

Mundo Lusíada
Com agencias

NelsonMandela_ONU

O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, lembrou em comunicado divulgado à imprensa, Nelson Mandela como um “lutador da liberdade” que libertou o mundo da servidão do apartheid.
“Nelson Mandela será para sempre recordado como um lutador pela liberdade que, dedicando a vida à libertação do povo sul-africano, libertou igualmente a humanidade da servidão do apartheid”, refere em comunicado a Presidência timorense.
O presidente de Portugal enviou as condolências do povo português após a morte de Nelson Mandela. Segundo ele, Mandela deixa um “extraordinário legado de universalidade que perdurará por gerações. O seu exemplo de coragem política, a sua estatura moral e a confiança que depositava na capacidade de reconciliação constituem verdadeiras lições de humanidade”.
E fez ainda uma citação dele. “A dedicação de Nelson Mandela aos valores da democracia, da liberdade e da igualdade – nas suas palavras, ‘um ideal por que espero viver e que espero alcançar, mas, se necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer’ – invadiu os corações de todos quantos o admiram, na África do Sul ou em outro lugar, incutindo esperança, mesmo diante dos desafios mais difíceis”.
A capital moçambicana também está “de luto” pela morte de Nelson Mandela e há quem tema pela segurança dos milhares de cidadãos moçambicanos que residem na África do Sul, agora que “Madiba não os pode proteger”.
“É uma perda irreparável: o continente está de luto. Perdemos o maior ícone do continente, uma figura fundamental no desenvolvimento das comunidades da África do Sul”, considerou Éden da Silva. “Sabemos que quem contribuiu para a liberdade e segurança dos moçambicanos na África do Sul foi a governação do presidente Mandela. Com a morte dele, acho que não vai estar tudo da maneira como vinha acontecendo para os moçambicanos”, anteviu Agrício Julião.
Milhares de cidadãos moçambicanos procuram anualmente na África do Sul melhores condições de vida, uma vez que este país oferece não só mais oportunidades de trabalho, como salários consideravelmente maiores do que em Moçambique. Casos de xenofobia e ataques contra moçambicanos têm acontecido com alguma frequência, verificando-se sobretudo em comunidades de mineiros, quando os trabalhadores furam greves dos sindicatos sul-africanos.
O antigo Presidente de Cabo Verde Pedro Pires destacou que o antigo chefe de Estado da África do Sul Nelson Mandela marcou “a história do Mundo e da Humanidade” com a sua visão “generosa e progressista”. Mandela era “um grande homem de Estado, uma pessoa muito lúcida, com uma visão muito clara do que queria para a nova África do Sul: uma África do Sul não racial, uma democracia progressista, onde todos pudessem viver em paz e em igualdade”.
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou que o exemplo de Nelson Mandela “vai guiar os que lutam pela justiça e pela paz”, considerando que os brasileiros receberam “consternados” a notícia da morte do ex-presidente da África do Sul.
“Personalidade maior do século XX, Mandela conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea – o fim do “apartheid” na África do Sul”, lê-se numa nota de pesar assinada pela Presidente.
A governante brasileira destacou ainda “o combate” de Mandela que se “transformou em paradigma, não só para o continente africano, como para todos aqueles que lutam pela justiça, pela liberdade e pela igualdade” e que “o exemplo deste grande líder guiará todos aqueles que lutam pela justiça social e pela paz no mundo”.
O ex-jogador brasileiro Pelé afirmou que Nelson Mandela foi uma das pessoas mais influentes na sua vida, referindo que é preciso “continuar o seu legado”.
“Estou muito triste. Nelson Mandela foi uma das pessoas mais influentes na minha vida. Ele foi meu herói, amigo, e também um companheiro para mim na nossa luta pelo povo e pela paz mundial”, afirmou Pelé, na rede social twitter.

Morte
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta contra o “apartheid”, Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.
Mandela, que em 1993 recebeu o Prémio Nobel da Paz juntamente com Frederik de Klerk, governou a África do Sul até 1999 e tornou-se num dos principais estadistas do século, como referência na luta contra a segregação racial, e visto pelos seus compatriotas como o patriarca da “nação do arco-íris”.
O nome de Nelson Mandela foi referido em cerca de 460 mil mensagens divulgadas na rede social Twitter. Depois de praticamente um dia sem alusões na rede social, o líder da luta contra o “apartheid” foi mencionado em cerca de 400 mensagens antes das 22:00 (hora de Lisboa), ou seja antes de o Presidente da República da África do Sul ter anunciado a sua morte.

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