Portugal tem taxa de mortalidade com “diminuição consistente” desde 15 de abril

Da Redação
Com Lusa

A ministra da Saúde defendeu neste sábado que a curva de mortalidade por covid-19 revela uma “diminuição consistente” desde 15 de abril, mas avisou que o risco de um infectado contaminar outras pessoas indica que continua a ser necessária proteção diária.

“A curva de mortalidade por covid-19 mostra uma diminuição consistente desde o dia 15 de abril, o que é bastante relevante”, afirmou Marta Temido, que falava aos jornalistas, em Lisboa.

Citando dados do Instituto Ricardo Jorge, a governante revelou que o RT, indicador referente ao número médio de casos secundários de contaminação por cada pessoa infectada, se fixou, entre 01 e 05 de maio, em 1,04.

De acordo com a ministra da Saúde, este valor mostra que o número de novos casos a cada geração é “relativamente constante”.

Mas defendeu que continua a haver necessidade de “ter os cuidados necessários nos gestos básicos” da vida diária, “especialmente neste período de alívio das medidas de confinamento”.

Portugal contabiliza 1.126 mortos associados à covid-19 em 27.406 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 12 mortos (+1,1%) e mais 138 casos de infecção (+0,5%).

Das pessoas infectadas, 815 estão hospitalizadas, das quais 120 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 2.422 para 2.499.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

Dados no país

A região Norte é a que registra o maior número de mortos (645), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (238), do Centro (215), do Algarve (13), dos Açores (14) e do Alentejo, que registra um caso, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de sexta-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde, 574 vítimas mortais são mulheres e 552 são homens.

Das mortes registradas, 755 tinham mais de 80 anos, 226 tinham entre os 70 e os 79 anos, 97 tinham entre os 60 e 69 anos, 36 entre e 50 e 59, 11 entre os 40 e os 49 e um dos doentes tinha entre 20 e 29 anos.

A caracterização clínica dos casos confirmados indica que 815 doentes estão internados em hospitais, menos 27 do que na sexta-feira e 120 estão em Unidades de Cuidados Intensivos, (menos sete), o que representa uma descida de 5,5%.

A recuperar em casa estão 26.471 pessoas.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que registra o maior número de casos de infecção pelo novo coronavírus (1.724), seguido por Vila Nova de Gaia (1.448), Porto (1.300), Matosinhos (1.197), Braga (1.149), Gondomar (1.048), Maia (908), Sintra (745) Valongo (737), Guimarães (657), Ovar (614) e Coimbra (558).

Desde o dia 01 de janeiro, registraram-se 272.443 casos suspeitos, dos quais 2.955 aguardam resultado dos testes.

Há 242.082 casos em que o resultado dos testes foi negativo, refere a DGS, adiantando que o número de doentes recuperados aumentou para 2.499, mais 77 do que na sexta-feira, representando uma subida de cerca de 3,2%.

A região Norte continua a registrar o maior número de infecções, totalizando 15.854, seguida pela região de Lisboa e Vale do Tejo, com 7.166, da região Centro, com 3.581, do Algarve (345) e do Alentejo (235).

Os Açores registram 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim divulgado.

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