Portugal marca presença na Feira da Providência no Rio de Janeiro

Por Ígor Lopes

Empresa de Atibaia, gerenciada por cariocas, mantém tradição dos doces portugueses na Feira da Providência.

O Rio de Janeiro recebeu a 51° Feira da Providência, de 30 de novembro a 4 de dezembro, no Riocentro, um centro de convenções no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste da cidade carioca. O evento reuniu países e estados brasileiros e funcionou como uma vitrine de produtos característicos dessas localidades. Mais uma vez, Portugal marcou presença com o seu tradicional bolinho de bacalhau, sem falar nos doces típicos.
Pelos corredores da Feira, foi possível encontrar produtos de vários lugares do mundo e de outros estados brasileiros. De utensílios, passando pelo vestuário e acessórios, à gastronomia. Era possível encontrar mil e uma coisas já pensando nas compras de natal. Os preços variavam e até pareciam salgados em algumas situações, mas nada que desencantasse o passeio das famílias que encontraram o local com pouca movimentação, pelo menos na noite de 2 de dezembro, um dia depois da inauguração da Feira. Logo na entrada, o estacionamento era pago no ato, por um preço de 12 Reais. O acesso ao local custava 14 Reais, que tinha meia-entrada.
Durante a nossa reportagem, encontramos um dos estandes portugueses lotado de curiosos e de compradores quase que compulsivos. Pessoas se aglomeravam para fazer o seu pedido. O estande, de cor predominantemente vermelha, representava as maravilhas de Portugal. E não estamos falando das belezas arquitetônicas do país, mas sim dos seus deliciosos doces. A estrutura contava com dezenas de guloseimas que, só pela vista, conseguiam captar novos clientes. Quem se aventurasse nesse devaneio, capaz de comprometer qualquer dieta, teve a oportunidade de provar docinhos como os pastéis de Santa Clara, de Belém, de Coimbra, papo de anjo, toucinho do céu, travesseiros de Sintra, barriguinha de freira, pingo de tocha, entre outros. Mas os preferidos do público foram os pastéis de Belém e de Santa Clara. Foram vendidas 3.500 unidades de cada um desses dois doces por dia. Adoçar o espírito não custava muito caro. Cada doce era vendido por 5 Reais, mas, quem levasse uma caixa com seis doçuras pagava a quantia de 25 Reais.
Ronald Almeida, responsável pelo departamento de eventos da empresa Doçaria Portuguesa Atentora, que fabrica os doces, acredita que participar dessa feira é importante para levar o produto ao conhecimento do público. “Procuramos fazer a exposição da marca”, explica Ronald.
Essa empresa, que está nas mãos de uma família carioca há 30 anos, fica localizada em Atibaia, cerca de 65 quilômetros da cidade de São Paulo. A firma participa da Feira da Providência há 15 anos e, nesta edição, contou com dois espaços para promover os seus produtos, com nove funcionários trabalhando. Há também promoção da marca em outros estados do Brasil.
Criada em 1961, a Feira da Providência é considerada um dos principais eventos sociais da cidade por sua longevidade e pelo público que atrai anualmente. Ao longo de todos esses anos, o evento transformou os pavilhões do Riocentro em uma viagem cultural pelos hábitos e costumes de estados e países, além de ser uma opção de compras e entretenimento.
“O simples gesto de comprar um produto na Feira, de pagar uma entrada, faz diferença para a vida de milhares de pessoas, que são ajudadas por nós com estes recursos obtidos através do nosso evento. Por isso, ir à Feira é agradável para o público por tudo que existe lá de novidades e oportunidades, mas é também importante pelo cunho social que está embutido na ideia da Feira em si”, afirma Marina Araújo, diretora geral do Banco da Providência e da Feira desde a sua primeira edição.

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