Portugal e mais 12 países participam de treinamento militar no Rio Grande do Norte

Mundo Lusíada
Com EBC

A Força Aérea Brasileira (FAB) começou no último fim de semana em Natal, Rio Grande do Norte, um exercício militar envolvendo 13 países, incluindo o Brasil, e cem aeronaves brasileiras e estrangeiras. Segundo a FAB, é o maior treinamento multinacional já promovido pela Aeronáutica, que também envolve militares da Marinha e do Exército.

Cerca de 1,7 mil militares participam dos exercícios, com previsão de 1,3 mil horas de voo até 30 de novembro.

O treinamento faz parte do 8º Exercício Cruzeiro do Sul, que é realizado desde 2002 pela FAB, e faz simulações de cenários de guerra e promove a troca de experiências entre as nações participantes, como Canadá, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai. Alemanha, Bolívia, Índia, Portugal, Suécia, e Venezuela também participam, mas como observadores ou palestrantes.

Portugal trará militares de forças especiais e, ao lado de Alemanha e França, vai ministrar palestras no seminário sobre o emprego do poder aéreo em missões da Organização das Nações Unidas.

A FAB participa do exercício com 70 aeronaves. Caças AF-1, da Marinha, também são utilizados. Os Estados Unidos enviaram para o Brasil cerca de 130 militares, seis caças F-16 e uma aeronave KC-135, usada para reabastecimento.

O Chile participa com 90 militares e cinco caças F-16. O Peru tem quatro caças A-37 e mais quatro Mirage 2000, além de cem homens. A França e o Canadá enviaram dois cargueiros para a missão.

No domingo, a fotografia oficial do exercício reuniu quase 2000 militares brasileiros e estrangeiros, além de alguns dos meios aéreos que participam da ação.

O Diretor do Exercício, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, ressalta que a prioridade é manter a segurança durante as operações. O oficial-general também destaca a importância do intercâmbio de conhecimentos.

“Essa troca de experiências é essencial para que a Força atinja um nível de treinamento adequado. A CRUZEX também é importante pela interoperabilidade que proporciona: nesta edição, Exército e Marinha estarão participando, inclusive nas ações de guerra não convencional, que é uma das principais novidades da edição deste ano”, diz.

A principal novidade deste ano é o cenário de guerra não convencional, em que o combate é contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre dois Estados constituídos, perfil encontrado em missões de paz da ONU.

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