Polícia espera conclusão de análises no caso Maddie

 

Da Agencia Lusa

A Polícia Judiciária (PJ, ligada ao Ministério luso da Justiça) informou nesta sexta-feira, 17 de agosto, que ainda não recebeu os resultados oficiais das análises aos vestígios encontrados no apartamento de onde desapareceu Madeleine McCann em 3 de maio. A expectativa é que as conclusões cheguem até segunda-feira, segundo o porta-voz da PJ para o caso, o inspetor Olegário de Sousa.

Luis Forra/usa

Pais de Madeleine McCann, Kate e Gerry, durante a entrevista a imprensa portuguesa, 10 Agosto 2007

"Ainda não há nenhum resultado disponível, [as conclusões] poderão chegar hoje [sexta-feira], poderão chegar segunda-feira", disse Sousa. Um laboratório britânico está analisando restos de sangue e de outros materiais encontrados no quarto e nos carros vistoriados pela PJ, responsável pela investigação do sumiço da menina inglesa de quatro anos de um resort na praia da Luz, no Algarve (sul de Portugal).

O jornal inglês The Times noticiou na quinta-feira, citando um relatório de quatro páginas, que o sangue encontrado no quarto pertence a um homem do "sub-grupo europeu do nordeste" e não a Madeleine. Ainda segundo o diário, as conclusões têm apenas 72% de certeza devido à degradação da amostra.

Sobre a possibilidade levantada pela imprensa de os pais de Maddie retornarem ao Reino Unido, com o argumento da dar uma vida normal aos seus dois outros filhos, os gêmeos Sean e Emily, o porta-voz da PJ afirmou que "as pessoas são livres para sair de Portugal".

"As pessoas [casal Kate e Gerry McCann] são livres para sair de Portugal porque nem são indiciados no processo nem têm nenhuma medida de coação em cima", explicou o inspetor.

Sousa disse, no entanto, que "dentro de espírito de colaboração que o casal tem prestado, se houver necessidade de regressar terão de voltar".

Em entrevista ao Daily Mirror, Kate admitiu a possibilidade de voltar para Inglaterra sem a filha: "Podemos voltar para casa sem ela".

Gerry escreve no blog (www.findmadeleine.com) que a família passou a quinta-feira na casa de uns amigos junto à piscina, que ficaram para jantar e que os filhos gêmeos se divertiram muito.

No site, que o pai de Maddie atualiza quase diariamente, lê-se ainda que a casa para onde a família se mudou em julho, batizada de Vista para o Mar, na Praia da Luz, é "modesta", sem ser "uma vila luxuosa" e que não tem sequer piscina.

"Posso garantir que não tem piscina, tem dois andares e estava entre uma das casas mais baratas e disponíveis para agosto na Praia da Luz", disse Gerry, ressaltando que o fundo de solidariedade criado para encontrar a filha Madeleine não serviu para pagar nenhum dos alojamentos em Portugal.

Até agora, o único indiciado no caso é o empresário luso-britânico Robert Murat. Apesar de ter sido indiciado em 15 de maio, não foi detido por falta de provas, tendo ficado sujeito ao chamado Termo de Identidade e Residência.

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