Polícia do Rio investiga o assassinato de herdeira do português Lúcio Tomé Féteira

Uma das testemunhas que a Divisão de Homicídios quer ouvir é o advogado português Duarte Lima, ex-deputado do PSD (Partido Social Democrata), que representava os interesses de Rosalina Ribeiro.

Mundo Lusíada Com Portugal Digital

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato de Rosalina Cardoso Ribeiro, 74 anos, ocorrido em dezembro de 2009, e que disputava participação numa herança de mais de 35 milhões de euros do empresário português Lúcio Tomé Féteira.

Rosalina, que seria filha de uma relação extra-conjugal do empresário luso, foi encontrada morta com dois tiros na testa e no peito, num depósito de sucata, a cerca de 90 quilômetros do Rio de Janeiro.

Uma das testemunhas que a Divisão de Homicídios quer ouvir é o advogado português Duarte Lima, ex-deputado do PSD (Partido Social Democrata) e que representava os interesses de Rosalina Ribeiro junto da Justiça em Portugal.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia carioca, Duarte Lima foi uma das últimas pessoas a ver Rosalina Ribeiro com vida, com quem se encontrou, no Rio de Janeiro, poucas horas antes da morte, noticiou o jornal Extra, do Rio, na sua edição online.

O caso, que chamou atenção de mídias no Brasil e em Portugal, tinha por traz um objetivo de descobrir mais sobre uma alegada falsificação de procurações para venda irregular de terrenos do empresário Feteira na região dos Lagos. Segundo o site, Rosalina tinha em mãos, no dia do desaparecimento, uma cópia do documento que comprovava a fraude.

Num depoimento informal enviado por fax à Polícia Civil, Duarte Lima confirma que esteve com Rosalina Ribeiro na noite de 7 de dezembro e que o encontro foi marcado por telefone pela própria Rosalina. No fax, Duarte Lima diz ter encontrado a sua cliente no Flamengo, que conversaram num bar e que depois a deixou, em companhia de uma mulher loura, próximo a um hotel, em Maricá.

O depoimento formal de Duarte Lima à Polícia do Rio só poderá ser obtido depois do envio de carta rogatória para Portugal, país onde o advogado reside.

O jornal Extra Online ainda publicou um depoimento da fadista e amiga de Rosalina, Maria Alcina Duarte, que afirma ter tido um pesadelo na noite do crime. "Costumava falar com Rosalina três vezes por dia. Ela disse que ia almoçar comigo. Liguei outras vezes no dia 7, mas não consegui falar com ela. Durante aquela noite, acordei com a sensação de que minha amiga estava gritando por socorro", contou a cantora.

Depois de cerca de 72 horas sem notícias de Rosalina, Maria Alcina e alguns amigos contactaram a polícia e deram conta do desaparecimento. Somente no dia 21 de dezembro o corpo de Rosalina foi reconhecido pelo advogado Normando Ventura, que tratava dos interesses da portuguesa no Brasil. O corpo foi encontrado à beira de uma estrada em Saquarema.

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