Pesquisa: Valores do 25 de Abril são pouco ou nada respeitados pelo poder

Da Redação
Com Lusa

Sessão solene comemorativa dos 40 anos da revolução de Abril, na Assembleia da República ,em Lisboa, 25 de abril de 2014. MÁRIO CRUZ / LUSA
Sessão solene comemorativa dos 40 anos da revolução de Abril, na Assembleia da República ,em Lisboa, 25 de abril de 2014. MÁRIO CRUZ / LUSA

Cerca de 80% dos portugueses consideram que os valores do 25 de Abril são pouco ou nada respeitados pelo Poder, de acordo com uma sondagem divulgada em 24 de abril.

Segundo o estudo de opinião da Eurosondagem para a Associação 25 de Abril, sobre o “25 de Abril em Portugal”, 79,4% dos inquiridos consideram que os valores conotados com o 25 de Abril, nomeadamente a Liberdade, a Democracia, a Paz e a Justiça Social, são pouco ou nada respeitados pelo Poder.

Apenas 15,2% dos inquiridos consideram que estes valores são muito respeitados pelo Poder. Mais de 67,3% consideram que os portugueses sentem pouco ou nada estes valores, enquanto 29,6% são de opinião que estes valores são muito sentidos pelos portugueses.

No entanto, mais de 80% dos inquiridos consideram que o 25 de Abril mudou a vida dos portugueses para melhor, contra os 8,7% que julgam que não provocou alterações significativas e os 5,8% que pensam que as coisas mudaram para pior.

Independentemente do momento de crise atual, mais de 63% defendem que a generalidade dos portugueses vive melhor hoje do que há 40 anos, 21% que vivem pior e 7,5% que vivem sem alterações significativas.

O estudo revelou ainda que mais de 91% dos portugueses julgam que o 25 de Abril foi muito importante e 45,7% que a revolução teve também uma importância internacional.

Neste estudo de opinião efetuado pela Eurosondagem entre 31 de março e 11 de Abril de 2014 foram validadas 2.025 entrevistas realizadas telefonicamente junto de um universo de população com 18 anos ou mais, residente em Portugal continental e Regiões Autónomas, e habitando em lares com telefone da rede fixa.

A escolha do lar foi aleatória nas listas telefônicas e o entrevistado, em cada agregado familiar, o elemento que fez anos há menos tempo.

A amostra foi estratificada por Região (Norte – 19,8%; A.M. do Porto – 13,8%; Centro – 25,4%; A.M. de Lisboa – 24,7%; Sul – 9,6%; Região Autónoma dos Açores – 3,3%, e, Região Autónoma da Madeira – 3,4%), num total de 2.025 entrevistas validadas.

Os entrevistados dividiram-se em 50,6% do sexo feminino e 49,4% do sexo masculino. Em relação à faixa etária, 18,8% tinham entre 15 a 30 anos, 49,9% dos 31 aos 59 e 31,3% com 60 anos ou mais.

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