Oito mil crianças desfilaram fantasiadas em Torres Vedras

Da Redação
Com Lusa

Oito mil alunos das escolas de Torres Vedras desfilaram no dia 01 mascarados, inspirando-se em tudo o que é tipicamente português, o tema deste Carnaval, que promete cinco dias de folia na cidade e 400 mil visitantes.

O corso escolar contou este ano com oito mil crianças e jovens das escolas do concelho, disse à agência Lusa a vice-presidente da Câmara de Torres Vedras, Laura Rodrigues.

Da Póvoa de Penafirme, um grupo veio mascarado da fadista Amália Rodrigues e de guitarristas, outro da cidade de azulejos típicos portugueses e alunos de Campelos optaram pelos militares do 25 de abril de 1974, trazendo o cravo na espingarda, não fosse ‘Made in Portugal’ o tema do Carnaval deste ano.

Alunos de Santa Cruz surgiram mascarados de manjericos e os de Ribeira de Pedrulhos de marchantes, em alusão às típicas marchas populares.

Meia centena de crianças de uma escola do Ramalhal desfilaram mascarados dos palhaços ‘Batatoon’, enquanto trezentas crianças de uma das escolas da cidade de Torres Vedras surgiram elas de nazarenas e eles de pescadores, mas houve exceções à regra.

Em terra onde a tradição é a matrafona, ou seja, homens que se vestem de mulher, vários meninos optaram pela máscara de nazarena, como foi o caso de Martim. “É este o espírito do Carnaval de Torres Vedras”, justificou.

Quase noventa alunos da Maceira inspiraram-se em Joaquim Agostinho e apareceram mascarados de ciclistas, com as respetivas bicicletas.

Uma das escolas da cidade de Torres Vedras viajou de elétrico pelo desfile, transportando turistas, de máquina fotográfica ao peito.

No corso escolar, não faltaram muitos galos de Barcelos, saloios, peras rochas e agricultores, noivos de Viana do Castelo, corações de Viana, minhotos, moinhos, pilotos e pessoal de bordo da companhia aérea portuguesa TAP, sardinhas e até pedras da calçada portuguesa.

O Carnaval de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, decorre até terça-feira, aguardando por 400 mil visitantes.

O Carnaval mantém os habituais corsos diurnos e noturnos, em que desfilam os carros alegóricos, conhecidos pela sátira político-social e milhares de foliões mascarados, muitos dos quais disfarçados de matrafonas (homens mascarados de mulheres), como é típico no concelho.

Depois dos corsos, a animação continua madrugada fora ao som de ‘dj’ nos bares e em palcos instalados em recintos ao ar livre na cidade.

Face ao tema deste ano, o Carnaval não esquece este ano a música popular portuguesa e apresenta como principal novidade do programa os concertos dos artistas Rosinha e Saul, nas noites de sábado e de segunda-feira, num dos quatro palcos ao ar livre.

O orçamento do evento aumenta de 730 mil euros, em 2018, para 750 mil este ano.

A câmara candidatou em 2016 o seu Carnaval a Patrimônio Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

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