Foram confirmadas cinco vítimas fatais após o deslizamento de uma falésia na praia de Mmaria Luísa, em Albufeira, sul de Portugal, na sexta-feira 21 de agosto.
As vítimas são um homem de 60 anos, que faleceu a caminho do hospital, uma mulher de 38 anos que estava em estado crítico no Hospital de Faro e mais três mulheres que estavam soterradas, duas delas com menos de 25 anos e outra na casa dos 50, segundo fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
As três últimas vítimas foram resgatadas dos escombros. No dia seguinte, máquinas retroescavadoras e equipamentos pesados ainda auxiliavam nas buscas e na contenção das arribas que caíram na praia Maria Luísa, disse à Agência Lusa o comandante Marques Pereira, da Capitania de Faro.
"Estão no terreno membros da proteção civil, da Autoridade Marítima, dos Bombeiros, do INEM" a dar apoio aos feridos e a avaliar toda a situação. No local, ainda se encontravam seis ambulâncias e uma viatura de intervenção em catástrofes.
O deslizamento gerou algum pânico, uma vez que o incidente aconteceu perto das 12h (8h de Brasília), quando a praia está habitualmente com muita gente.
Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pode haver quatro pessoas desaparecidas na praia. Uma fonte do INEM contou à Agência Lusa ter a indicação de que há duas pessoas que estariam debaixo das rochas, de acordo com indicação de familiares.
As autoridades procedem à remoção dos escombros para garantir que não há mais ninguém soterrado. O comandante das operações (CDOS), Vaz Pinto, afirmou que "as buscas às vitimas localizadas continuam" e que "há alguma dificuldade devido à maré".
O comandante Pinto admitiu que os corpos estão num local "em que as condições de sobrevivência são reduzidas", e onde se encontram desde que caiu a falésia.
Técnicos não detectaram risco O ministro português do Ambiente afirmou que a falésia que deslizou tinha sido observada há exatamente uma semana por técnicos do Administração Regional Hidrográfica do Algarve (ARH), não tendo sido detectado “risco de acidente a curto prazo”.
“Neste caso, a arriba estava identificada como de risco potencial mas não de haver um acidente a curto prazo”, sustentou o ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia.
O responsável, que também tutela o Ordenamento do Território disse que “falta agora saber o que aconteceu na última semana para provocar a queda da arriba”.
Segundo o governante, “podem ter havido vários fatores, e apontou como causas prováveis a estudar a ocorrência de um tremor na terça-feira ou a forte ondulação que se registrou nos últimos dias”.
“Quero tranquilizar os que passam férias no Algarve que a ARH está a vistoriar de novo situações de risco como já tinha feito no início da época balnear”, disse. Nunes Correia acrescentou que a ARH vai “fazer uma investigação rigorosa”, assegurando que “não houve negligência”.
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