Monkeypox: Europa com 17 mil casos, Portugal é o sexto país com maior incidência

Da Redação com agencias

Um total de 17.897 casos de infecção pelo vírus Monkeypox foram já registrados na Europa, com Portugal a ser o sexto país com maior incidência, num total de 710 pessoas infectadas, anunciaram autoridades de saúde europeias.

Os dados constam do boletim conjunto hoje divulgado pelo Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) e pela delegação regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, revelando que, até dia 09 de agosto, foram identificados 17.897 casos de varíola do macaco em 41 países e áreas de toda a região europeia.

Por país europeu, Portugal é o sexto com maior número de casos (710), apenas ultrapassado por Espanha (5.162), Alemanha (2.982), Reino Unido (2.973), França (2.423) e Holanda (959), de acordo com os números hoje publicados.

Ainda ao nível europeu, as autoridades de saúde de 35 países comunicaram 17.509 casos ao ECDC e à delegação regional da OMS, sendo que, destes, 17.402 foram confirmados em laboratório, segundo a agencia Lusa.

Depois de o primeiro sintoma ter sido reportado, ao nível europeu, a 03 de abril, o ECDC e a OMS para a Europa explicam que, de momento, a maioria das pessoas infetadas está na faixa etária dos 31 e 40 anos (40%) e é do sexo masculino (99%), tendo principalmente sintomas como erupção cutânea, febre, fadiga, dores musculares, arrepios ou dores de cabeça.

Do total, houve já 455 casos de pessoas hospitalizadas, dos quais 163 necessitaram de cuidados clínicos, como internamento em unidades de cuidados intensivos.

O ECDC e a OMS para a Europa adiantam que, até agora, 48 casos de Monkeypox foram reportados como sendo trabalhadores da saúde, mas sem ter sido atribuída qualquer exposição profissional.

Houve ainda duas mortes de pessoas infectadas na Europa.

Em Portugal, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), na passada quinta-feira, o número de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox subiu para 710, dos quais 77 identificados na última semana.

Segundo a DGS, do universo de casos reportados no Sistema de Vigilância Epidemiológica a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos e são do sexo masculino, havendo agora quatro casos do sexo feminino.

A presença do vírus Monkeypox em Portugal foi detectada pela primeira vez há três meses, a 03 de maio.

A 16 de julho foi iniciada a vacinação dos primeiros contatos próximos de casos e até agora foram vacinadas 73 pessoas, dos 104 contatos considerados elegíveis (70,2%), informa a Lusa.

No Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o segundo pedido de registro de kit para teste para a varíola dos macacos. O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pela empresa Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos Ltda (CPMH).

De acordo com a agência reguladora, o pedido foi solicitado no dia 2 de agosto e já está em análise pela equipe técnica. Anteriormente, a Anvisa já havia o pedido de registro da empresa Biomédica. A solicitação foi analisada e a reguladora emitiu exigência, que é um pedido de informações e dados necessários para a conclusão da análise pela equipe técnica.

O processo do registro envolve avaliar fabricação, confiabilidade dos resultados e efetividade para o diagnóstico, informa a EBC.

De acordo com a Anvisa, atualmente o diagnóstico da monkeypox no país é feito por meio de ensaios moleculares de PCR com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica, com base em protocolos validados. Essa forma de atuação está regulamentada e é equivalente à aplicada por diferentes países, principalmente quando ocorre epidemia por agentes etiológicos emergentes.

Segundo dados do Ministério da Saúde, até dia 5, 2004 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. A pasta acompanha outros 1.962 casos. Até o momento, uma morte foi confirmada pela doença, em Minas Gerais.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no início da semana que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.

Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

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