Média diária de novos casos esta semana em Portugal foi a mais baixa no ano

Mundo Lusíada
Com Lusa

Portugal teve esta semana a média diária de novos casos de contágio pelo novo coronavírus mais baixa desde 31 de dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Nos indicadores semanais sobre a pandemia, o INE registou na quarta-feira um total de 29.511 casos acumulados nos sete dias anteriores, correspondentes a 4.216 novos casos em média por dia, “o valor mais baixo desde 31 de dezembro de 2020”.

O número de novos casos confirmados nos sete dias anteriores tem vindo a descer desde 28 de janeiro, acrescenta o INE.

Em 10 de fevereiro, verificou-se uma taxa de incidência de 903 novos casos por 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores, abaixo do máximo de 1.667 novos casos por 100 mil habitantes atingido no dia 29 de janeiro.

O número de mortos entre 04 e 31 de janeiro foi mais alto na Área Metropolitana de Lisboa e no Alentejo, com uma média 1,8 vezes acima da média para o mesmo período nos anos de 2015 a 2019.

O INE indica que entre 04 e 31 de janeiro, o número de mortos em 270 dos 308 concelhos esteve acima do valor de referência dos cinco anos anteriores, sem indicar que percentagem foram mortes de pessoas com covid-19.

No dia 02 de fevereiro, 71% dos municípios estavam em risco extremamente elevado, com uma taxa de incidência acima de 960 casos por 100 mil habitantes nos 14 dias anteriores, menos cinco pontos percentuais que na semana anterior.

Destes 71%, 125 registavam uma taxa de incidência superior a 1.500. Em 204 municípios houve redução e em 103 houve aumento deste indicador.

Todos os 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa estavam nesta situação, enquanto na região norte havia 67 em 86 no grau de risco mais elevado, na região Centro 87 em 100 e no Alentejo eram 39 de 58 municípios.

Internações

Mais de 1.600 pessoas com covid-19 saíram da internação hospitalar desde o início de fevereiro, estando nesta sexta-feira hospitalizados 5.230 doentes, segundo os dados da Direção-Geral de Saúde.

O número de internações, que durante o mês de janeiro sofria um crescimento exponencial, começou a abrandar em fevereiro, 11 dias depois do confinamento geral decretado pelo Governo, a 21 de janeiro.

Em 21 de janeiro estavam internadas 5.630 pessoas, das quais 702 em Unidades de Cuidados Intensivos.

A redução do número de internados só começou a ser sentida diariamente a partir de 02 de fevereiro e desde esse dia até hoje saíram 1.639 pessoas.

Neste dia 12, a DGS revela que 340 pessoas saíram do internamento nas últimas 24 horas, o maior número diário de sempre embora ao nível dos cuidados intensivos os dados revelem que hoje entraram mais 10 pessoas, totalizando 846.

De acordo com os dados fornecidos diariamente pelo boletim epidemiológico da DGS, este decréscimo nos internações não tem tido expressão nas Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

Testes

Os testes à covid-19 vao passar a ser feitos a cada 14 dias nas escolas, prisões, fábricas e construção civil dos concelhos com elevada incidência de casos, segundo a Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2.

Nestas regiões serão utilizados testes rápidos de antigênio (TRAg) com uma periodicidade de 14/14 dias em “contextos ocupacionais de elevada exposição social” como fábricas, construção civil, escolas, entre outros locais.

“Se não forem identificados casos de infecção por SARS-CoV-2: mantém-se a periodicidade do rastreio”, sublinha a norma da DGS, que entra em vigor às 00:00 de segunda-feira.

Em situação de cluster e surto, como, por exemplo, em escolas, estabelecimentos de ensino, Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPI) e instituições similares/fechadas, deve ser realizado, preferencialmente, um teste rápido de antigênio a todos os contatos de alto e baixo risco, sob a coordenação das equipas de saúde pública, em articulação com os parceiros municipais, ou outras entidades.

Segundo a DGS, a estratégia, agora revista, deve ser adaptável à situação epidemiológica a nível regional e local, bem como aos recursos disponíveis, tendo como objetivos, através da “utilização adequada de testes laboratoriais”, reduzir e controlar a transmissão da infeção, prevenir e mitigar o seu impacto nos serviços de saúde e nas populações vulneráveis e monitorizar a evolução epidemiológica da covid-19.

A covid-19 já matou em Portugal morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.

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