McCann: Pais de Madeleine sofrem com acusações de suspeitos

 

Novos depoimentos estão sendo feitos e novos processos foram entregues ao juiz de instrução criminal de Portimão, para recolhimento de objetos do quarto de hotel onde desapareceu Madeleine McCann.

 

Mundo Lusíada Com agencias

Virgilio Rodrigues/Lusa

A mãe da criança desaparecida, Kate McCann, e seu advogado Carlos Pinto de Abreu após seu depoimento, 07 Setembro 2007 em Algarve.

No último dia 10, a imprensa divulgou que dois dos três vestígios biológicos recolhidos no apartamento e no carro utilizado pelos McCann em Portugal correspondiam ao DNA da menina britânica.

No mesmo dia, o "Diário de Notícias" de Portugal publicou que a Polícia Judiciária informou ter indícios para incriminar Kate e Gerry pela morte e posterior ocultação de cadáver da filha, no carro alugado no Algarve. Eles passaram a ser vistos como suspeitos num caso mal compreendido, o que aumentou após o regresso do casal para a Inglaterra onde residem, no domingo 09 de setembro.

Porém, após recolhimento de vestígios do quarto do hotel, o resultado das análises feitas na Inglaterra não garante que o sangue seja da garota britânica. Apesar da imprensa britânica ter publicado que se referia ao sangue de Madeleine, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ, ligada ao Ministério luso da Justiça), Alípio Ribeiro, confirmou que os exames "não dão essa resposta tão exata”.

Comentando o fato, e possíveis conversas telefônicas grampeadas entre o casal e amigos, além da interceptação de emails enviados pelos McCann, o diretor nacional da PJ afastou a possibilidade de alteração da medida de coação aplicada a Kate e Gerry. Alípio Ribeiro afirmou que teria sido "imoral" considerar os pais de Madeleine suspeitos desde o início do processo, recordando que a hipótese mais investigada inicialmente foi a de seqüestro.

Segundo ele, a volta para casa dos McCann “era um direito que lhes assistia”. O porta-voz da Polícia Judiciária para caso, Olegário Sousa, afirmou porém que a volta do casal para Rothley pode dificultar as insvestigações já que novos interrogatórios “obriga o cumprimento de prazos legais".

Novos depoimentos estão sendo feitos e novos processos foram entregues ao juiz de instrução criminal de Portimão (investigação preliminar) com intuito de recolher objetos do quarto de hotel onde desapareceu Madeleine McCann, de quatro anos.

No último dia 06, a mãe Kate McCann depôs por mais de oito horas na PJ, um dia depois da polícia portuguesa ter recebido parte dos resultados dos testes biológicos (sangue, saliva e cabelos). A porta-voz do casal, Justine McGuinness, declarou que os pais continuam ajudando nas investigações. "Kate continua acreditando que Madeleine está viva e tem esperança que ela volte depressa", e fez apelo, em nome do casal, à pessoa ou pessoas que levaram Maddie ou saibam algo sobre ela. "Ainda não é tarde demais. Por favor, libertem-na ou contatem a polícia" afirmou.

De acordo com o diretor Ribeiro, não existem pressões políticas dos governos inglês ou português, adiantando que se tem mantido "um vivo interesse" no desenrolar do processo.

Sobre críticas à polícia portuguesa divulgadas pela imprensa britânica, Alípio Ribeiro destacou que a PJ "rege-se por padrões europeus, trabalha com grande rigor ético e respeita todas as pessoas, independentemente do que possam ou não ter feito".

No blog criado para divulgar informações sobre Maddie, foi publicado no dia 10 de setembro que "Kate e eu (Gerry) estamos totalmente 100% confiantes na nossa inocência, e amigos e família correram para nos apoiar incondicionalmente".

Madeleine desapareceu no mês de maio de um resort no Algarve (sul de Portugal), enquanto os pais jantavam num restaurante próximo.

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