Justiça autoriza saída de Lula para velório do neto em São Bernardo

Da Redação
Com agencias

O neto do ex-presidente brasileiro, Arthur Araújo Lula da Silva, morreu aos 7 anos no Hospital Bartira, em Santo André, região metropolitana de SP, nesta sexta-feira (1).

A criança entrou no hospital pela manhã, com febre alta, foi diagnosticado com quadro infeccioso de meningite meningocócica e não resistiu. Arthur é filho de Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luis da Silva, filho de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Segundo a imprensa brasileira, a juíza Carolina Llebos, da 12.ª Vara Federal de Curitiba, autorizou o ex-presidente Lula a comparecer ao velório do neto, que acontece no cemitério Jardim Colina, em São Bernardo do Campo.

Logo após o pedido da defesa, o Ministério Público Federal (MPF) no Paraná enviou à Justiça Federal em Curitiba parecer favorável ao pedido. O pedido para Lula deixar a prisão foi feito no início da tarde pelos advogados, que argumentaram que Lei de Execução Penal (LEP) prevê que presos possam deixar a prisão para comparecer ao velório de um parente próximo.

Nesta tarde, o governo do Paraná divulgou uma nota na qual informa que colocou um avião à disposição da Polícia Federal para fazer o transporte de Lula.

Lula está preso desde 7 de abril do ano passado, condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Em janeiro, Lula também pediu para deixar a prisão para comparecer ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá, que morreu em decorrência de câncer no pulmão.

No entanto, o pedido foi negado pela juíza federal Carolina Lebbos. A decisão foi confirmada pelo desembargador federal Leandro Paulsen, do TRF4, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, aceitou recurso da defesa e autorizou a saída de Lula, porém o ex-presidente não aceitou as condições da decisão, que determinava que Lula poderia encontrar com os parentes, mas em um quartel das Forças Armadas.

Meningite meningocócica

A meningite é uma doença grave que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. A meningite bacteriana costuma apresentar um quadro clínico mais grave. No Brasil, casos de meningite são esperados ao longo de todo o ano, sendo a ocorrência das bacterianas mais comum no inverno e, das virais, no verão.

A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e ou óbito. É causada pela bactéria Neisseria meningitidis que possui 12 sorogrupos identificados, sendo que cinco deles são os mais comuns (A, B, C, W e Y).

A meningite meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis) certamente está entre as doenças imunopreveníveis que causam maior preocupação e, pela magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância para a saúde pública. Já as meningites virais podem se expressar por meio de surtos, porém com menor gravidade.

O meningococo, bactéria que causa a meningite meningocócica, pode ser transmitido de uma pessoa para outra por meio do contato direto com gotículas respiratórias através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de portadores assintomáticos.

Os sinais e sintomas iniciais da meningite meningocócica — incluindo febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.

Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas violáceas (arroxeadas) na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.

Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, falência múltipla de órgãos e risco de óbito. Essa rápida evolução e início abrupto, pode levar a óbito em menos de 24 a 48 horas. Por isso, é tão importante a prevenção da doença.

A vacinação é considerada uma forma eficaz na prevenção da doença. A vacina para prevenção da doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y é indicada para crianças a partir dos 2 meses de idade, adolescentes e adultos.

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