Incêndios: Portugal vai receber quatro meios aéreos de França e Espanha

Da Redação com Lusa

 

Portugal vai receber quatro meios aéreos para combater os incêndios que lavram no país ao abrigo do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, segundo fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, dois aviões são de Espanha e outros dois são de França.

O reforço destes quatro meios aéreos de combate a incêndios surge após o pedido feito à União Europeia, numa altura em que vários incêndios estão a atingir sobretudo no distrito de Aveiro, obrigando ao corte de várias estradas.

O corte de circulação na autoestrada A1 devido aos incêndios em Aveiro é total entre Coimbra Norte e Grijó (Gaia), no nó da A41, e na A17, entre o nó de Mira norte e Aveiro, segunda a GNR.

Já o incêndio que lavra hoje no concelho de Cabeceiras de Basto, distrito de Braga, está a agravar-se e já consumiu duas casas, uma de primeira habitação, estando os operacionais “apenas a proteger as habitações e a população”.

Num balanço feito à agência Lusa, pelas 11:40, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Ave deu conta de que a “situação no terreno está a agravar-se” e já foram pedidos mais meios aéreos e terrestres, que atualmente são de 150 operacionais apoiados por 45 viaturas e um meio aéreo.

“A situação está cada vez pior. Já arderam duas casas, uma habitável, mas que não estava habitada, e outra de primeira habitação, na freguesia do Riodouro. Estamos apenas a proteger as habitações e a população, pois não temos capacidade para combater o incêndio”, explicou Rui Costa.

Segundo este operacional, já foram pedidos mais meios terrestres e aéreos.

Perigo

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê até quarta-feira um agravamento significativo do perigo de incêndio rural no continente, devido a condições meteorológicas adversas, como vento forte e temperaturas elevadas.

Na semana passada, o IPMA já tinha informado que Portugal continental deveria registar durante o fim de semana e início da semana temperaturas “acima do usual” para o mês de setembro.

Segundo o instituto, estava prevista uma subida da temperatura até hoje, mais significativa no litoral norte e centro, acima de 30 graus Celsius.

Hoje, num comunicado divulgado na sua página de internet, o IPMA adianta que até quarta-feira deverá ocorrer um agravamento do perigo de incêndio por causa do tempo quente, tendo já emitido para hoje e terça-feira aviso amarelo para os distritos do Porto, Setúbal, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Devido à previsão de risco elevado de incêndio na generalidade do território continental, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) aumentou o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, para hoje e terça-feira.

Numa conferência de imprensa no domingo, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, apelou mais uma vez aos cidadãos para que colaborem com as autoridades e evitem comportamentos de risco nestes dias, adotando medidas de proteção face a eventuais situações de perigo.

O responsável destacou que os próximos dias terão um risco extremo de incêndio, pelo que pediu “tolerância zero ao uso do fogo e adequação dos comportamentos face ao perigo de incêndio rural”.

Além dos 14 mil operacionais já no terreno, o nível de alerta máximo (vermelho) implica o reforço do dispositivo com mais 682 elementos em alguns pontos estratégicos.

Por causa da situação meteorológica adversa, “foi emitida uma Declaração da Situação de Alerta em todo o território do continente, por parte das tutelas governativas responsáveis, que alerta para as proibições e cuidados a observar durante este período crítico, sublinhando que a prevenção é uma responsabilidade coletiva”.

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