Governo português confirma cidadão entre as vítimas de atentado na França

Da Redação
Com Lusa

O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro confirmou a morte de um português no ataque terrorista no sul de França, que causou três vítimas mortais e cinco feridos.

“Confirma-se a morte de um português. Foi confirmado pelas autoridades francesas aos nossos serviços consulares”, disse à agência Lusa José Luís Carneiro, que viaja de Paris para Lisboa no final da tarde desta sexta-feira.

Lamentando o atentado, que provocou quatro mortos, entre os quais o atacante, e 16 feridos – segundo o balanço provisório oficial das autoridades francesas -, José Luís Carneiro referiu que ainda não tem ainda a identificação do cidadão de nacionalidade portuguesa.

“Confirma-se a morte de um português. Foi confirmado pelas autoridades francesas aos nossos serviços consulares”, disse à agência Lusa José Luís Carneiro, afirmando que não se dispõe ainda de “dados de identificação” do cidadão português, entre os três mortos, sem contar com o atacante, que o Presidente francês, Emamnuel Macron, já confirmou.

José Luís Carneiro afirmou que não se sabe ainda se o português agora confirmado como uma das vítimas do atentado era o motorista ou outro ocupante da viatura que o atacante roubou em Carcassonne.

“Não temos ainda dados da identificação que nos permitam poder ser mais assertivos nomeadamente em relação à informação de outro cidadão que se encontraria hospitalizado. A informação de que dispomos neste momento é a de confirmação de que, entre as vítimas mortais, está uma de nacionalidade portuguesa”, afirmou.

O secretário de Estado, que lamentou os “trágicos acontecimentos contra os valores fundamentais da Europa e de Portugal”, afirmou que a situação continuará a ser acompanhada.

“Continuaremos a acompanhar a circunstância, mostrando toda a disponibilidade dos nossos serviços consulares em Toulouse, em articulação com a nossa embaixada em Paris, para todo o apoio que venha a ser necessário e para garantir as diligências junto das autoridades francesas, tendo em vista garantir os procedimentos indispensáveis no apoio à família, quer para garantir a sepultura ou eventualmente a transladação”, referiu.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, adiantou que “o ataque terrorista islâmico” desta manhã no sul de França fez três mortos, sem contar com o atacante, e “16 feridos”, dos quais dois em “estado grave”.

“Um indivíduo matou três pessoas e feriu 16 outras, das quais pelo menos duas estão em estado grave”, declarou o Presidente francês numa declaração à imprensa na sequência de um “ponto de situação” no Ministério do Interior em Paris.

Um dos ‘gendarmes’ tomado como refém pelo autor do ataque [foi o próprio que pediu para substituir um outro refém] “está a lutar contra a morte”, adiantou Macron.

Duas pessoas foram feitas reféns no supermercado Super U de Trèbes e foram alvejadas mortalmente pelo atacante.

Redouane Lakdim, 26 anos, sequestrou trabalhadores e clientes num supermercado de Trèbes, afirmando agir em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Antes, o atacante roubou um automóvel em Carcassonne e, no caminho para Trèbes, disparou seis tiros contra um grupo de quatro polícias, ferindo um deles, sem gravidade, segundo fontes próximas da investigação.

Mensagem

O Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa manifestou solidariedade para com a família do português que morreu e enviou uma mensagem ao seu homólogo, Emmanuel Macron.

“Ao tomar conhecimento do facto de um cidadão português ser também vítima mortal no ataque em Trèbes, o Presidente da República deseja manifestar a sua solidariedade e sentidos pêsames aos familiares e amigos neste momento difícil”, lê-se numa nota publicada pela Presidência da República.

Segundo a mesma nota, Marcelo Rebelo de Sousa enviou uma mensagem ao Presidente da República Francesa transmitindo-lhe “a sua solidariedade, em nome de todos os portugueses, para com o povo francês, especialmente para com as famílias das vítimas de mais este atroz ato terrorista naquele país”.

O chefe de Estado “sublinha a sua convicção na importância da Europa se manter unida no combate à violência e ao terrorismo”, lê-se no texto.

A presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, anunciou que as luzes da Torre Eiffel vão ser desligadas à meia-noite em memória das três pessoas que foram mortas. Hidalgo escreveu na sua conta na rede social Twitter que todos os parisienses estão solidários com as vítimas.

 

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: