Governo destaca semana com mais vacinas do que portugueses infectados

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta quinta-feira, o ministro da Administração Interna falou num caminho para “uma primavera de esperança” após os “pesados dias de janeiro”, assinalando que no final desta semana as vacinas administradas ultrapassarão o número de portugueses infectados com covid-19.

Estas posições foram transmitidas por Eduardo Cabrita momentos antes de a Assembleia da República ter aprovado por ampla maioria o decreto presidencial que renova o estado de emergência em Portugal por mais 15 dias, até 16 de março.

Na sua intervenção, o ministro defendeu que os atuais resultados em matéria da evolução da epidemia da covid-19 em Portugal “demonstram a adequação das medidas” tomadas pelo Governo de confinamento geral e adiantou que a retoma de atividades terá de ser feita com solidez.

“Dos dias pesados de janeiro à esperança da primavera que se aproxima”, referiu, procurando sintetizar a evolução do país ao longo das últimas semanas e, em paralelo, salientando a ideia de que a vacinação “vai fazendo o seu caminho” em Portugal.

“Hoje, exatamente, atingimos meio milhão de portugueses que receberam já pelo menos uma dose de vacinas – e fazemo-lo com prioridades claras e solidárias. É significativo que se tenha já atingido cerca de 20% de vacinação entre os cidadãos que têm mais de 80 anos. E ultrapassamos o indicador de há duas semanas de 15 mil bombeiros vacinados, chegando-se a cerca de 16 mil”, especificou.

Na parte final do seu discurso, depois de um apelo à mobilização geral dos portugueses na luta contra a pandemia da covid-19, Eduardo Cabrita assinalou que nesta semana o país “terá mais vacinas dadas do que portugueses infectados”.

“Vamos atingir esta marca no final desta semana. Com determinação, com sentido de resiliência, com sentido de mobilização de todos, temos de aumentar o espaço de resposta das estruturas de saúde. E temos de aumentar o espaço que permita o regresso à escola e a recuperação de atividades econômicas”, acrescentou.

Riscos diminuem

Portugal deixou de estar entre as regiões europeias de risco muito elevado devido à pandemia de covid-19 nos mapas do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), que servem de apoio às decisões sobre viagens.

Como acordado pelos líderes europeus no final de janeiro passado, o ECDC acrescentou aos seus mapas semanais a cor de vermelho-escuro, para regiões ou países onde a situação epidemiológica da covid-19 é muito grave, sendo que tais documentos servem de auxílio aos Estados-membros sobre as restrições a aplicar às viagens não essenciais.

Após ter ficado coberto de vermelho-escuro no início deste mês devido aos elevados números de infeções, Portugal saiu hoje desta categoria, que abrangia regiões ou países onde a taxa de notificação de novas infeções é superior a 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Ainda assim, e à semelhança de quase toda a Europa, todas as regiões de Portugal (incluindo a Madeira) mantêm-se na categoria de vermelho, o que significa que a taxa de notificação de novas infeções varia entre 50 e 150 ou entre 150 e 500 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

Já os Açores são a única região do país na categoria do laranja, que é referente a territórios onde a taxa de notificação de novas infeções é de 50 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias ou entre 25 a 150 por 100 mil habitantes.

No final de janeiro passado, foi acrescentado ao existente sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE a cor vermelho-escuro, usada para zonas onde o vírus está a circular a níveis muito elevados.

Aquele que é um sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE, começa no verde (situação favorável), passando pelo cinzento, laranja e chega agora ao vermelho escuro (situação muito perigosa).

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.498.003 mortos no mundo, resultantes de mais de 112,5 milhões de casos de infeção.

Em Portugal, morreram 16.185 pessoas dos 801.746 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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