Governo brasileiro atualiza para 9 casos suspeitos de coronavírus

Da Redação
Com agencias

O Ministério da Saúde do Brasil atualizou os dados sobre as suspeitas de coronavírus no país, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira. De um total de 33 notificações, 4 descartados e 20 exclusões, o governo confirma agora 9 casos suspeitos do vírus chinês.

Os casos suspeitos estão em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Santa Catarina (2), São Paulo (3), Paraná (1) e Ceará (1). Ontem, o governo tinha confirmado 3 casos suspeitos acompanhados pela pasta. As análises laboratoriais são encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz no RJ.

“Nenhum de nós tem possibilidade de dizer com que velocidade esse possível surto irá se desenvolver no país. No momento atual, faremos uma campanha de recomendações do mesmo modo que fazemos no caso da influenza”, declarou João Gabbardo dos Reis, secretário-executivo do Ministério da Saúde.

“Estamos em emergência de saúde pública. Não podemos perder a oportunidade de intervenção. A notificação deve ser imediata e pode ser feita por diversos meios de comunicação”, disse o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda.

“O Ministério da Saúde está fazendo um trabalho em conjunto com as embaixadas e nos colocando à disposição para esclarecer dúvidas dos brasileiros que estão fora do país”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira. “Temos que parabenizar toda a rede de serviço. Temos recebido notificações tanto de hospitais públicos qnt privados. Diferente de outros momentos, estou vendo um engajamento da sociedade brasileira de uma forma muito diferenciada neste evento”, declarou Wanderson.

Grupo monitora

O Ministério da Saúde criou, no âmbito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um grupo de emergência em saúde pública, com o objetivo de conduzir e monitorar as ações referentes aos casos de coronavírus. A portaria da criação do grupo foi publicada no Diário Oficial da União desta dia 29.

O grupo de emergência será composto por representantes do gabinete da presidência da Anvisa; da Gerência-Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados e de Tecnologia em Serviços de Saúde. Também comporão o grupo duas assessorias: uma responsável pela comunicação e outra ligada ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

Segundo a Anvisa, a criação do grupo faz parte de um rol de medidas preventivas e de controle adotadas contra o vírus. Entre as medidas já adotadas, a agência destaca o repasse de orientações para equipes da vigilância sanitária de todo o país, especialmente as que atuam no controle de portos e aeroportos, a divulgação de avisos sonoros sobre sinais e sintomas da doença, bem como a recomendação de cuidados básicos a serem adotados por passageiros e tripulantes.

De acordo com a portaria publicada nesta quarta-feira, há a previsão de convocação, a qualquer momento, de representantes das demais áreas de atuação da Anvisa, caso seja necessário. O grupo terá prazo de atuação com tempo indeterminado.

Histórico do Coronavírus
Os coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960 e já estiveram associados a outros episódios de alerta internacional nos últimos anos. Em 2002, uma variante gerou um surto de síndrome respiratória aguda grave (Sars) que também teve início na China e atingiu mais de 8 mil pessoas. Em 2012, um novo coronavírus causou uma síndrome respiratória no Oriente Médio que foi chamada de Mers.

A atual transmissão foi identificada em 7 de janeiro. O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na China buscava respostas para casos de uma pneumonia de etiologia até então desconhecida que afetava moradores na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro foi apontado um mercado de frutos do mar como o local de origem da transmissão. O espaço foi fechado pelo governo chinês.

A China elevou para 132 mortos e mais de 5.900 infectados o balanço de vítimas do novo coronavírus detectado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei.

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