Governo auxilia família de vítima portuguesa em massacre no Sri Lanka

Reprodução/Lusa: Destroços de igreja após explosões.

Da Redação
Com agencias

Em entrevista à RTP, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas confirmou que o Governo está em articulação com a família de uma vítima portuguesa no massacre que aconteceu no Sri Lanka.

O Governo vem tratando com a família a trasladação do corpo do português vítima dos atentados suicidas no Sri Lanka contra igrejas e hotéis de luxo, que causaram no domingo a morte de mais de 300 pessoas. José Carneiro, secretário das Comunidades, não adiantou datas, até porque a família pede reserva.

No dia 23, o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados suicidas no Sri Lanka. “Os executores do ataque que teve como objetivo os cidadãos dos países da coligação e cristãos [realizado] anteontem [no domingo] são combatentes do Estado Islâmico”, afirmou em comunicado uma fonte próxima dos ‘jihadistas’ citada pela agência Amaq, órgão de propaganda do grupo extremista.

A reivindicação não pôde ser confirmada e o grupo jihadista não divulgou qualquer vídeo dos atacantes a prometer lealdade ao Estado Islâmico.

O grupo, que perdeu todo o território que controlava no Iraque e na Síria, tem feito frequentes reivindicações não comprovadas de responsabilidade por atentados terroristas.

O ataque consistiu em oito explosões que mataram, pelo menos, 310 pessoas, entre as quais um português residente em Viseu, e provocaram mais de 500 feridos.

O número de pessoas detidas relacionadas com os ataques atinge as 40, segundo o porta-voz da polícia Ruwan Gunasekera.

O responsável da polícia tinha afirmado que as autoridades atribuíam os ataques a um grupo extremista islâmico local, o National Thowheeth Jama’ath, embora considerassem que o grupo teria sido apoiado internacionalmente.

A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões: em quatro hotéis de luxo e uma igreja.

Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país.

A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.

As primeiras seis explosões ocorreram “quase em simultâneo”, pelas 08:45 de domingo (03:15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.

Portugueses

Segundo o governo, 35 portugueses contactaram os serviços consulares nacionais após os atentados ocorridos no domingo, no Sri Lanka, para dizerem que estão bem e transmitir informações sobre a sua intenção de regressar a Portugal ou permanecer no país asiático.

Os pedidos de ajuda estão a ser recebidos maioritariamente pelo Gabinete de Emergência Consular (em Lisboa) e os cidadãos “têm sido informados dos procedimentos que devem ter em conta”, incluindo a consulta ao Portal das Comunidades, onde constam recomendação para os viajantes.

O aeroporto de Colombo, a capital do Sri Lanka, está em funcionamento pelo que é possível sair do país. Em 2018 visitaram esta ilha 5900 cidadãos residentes em Portugal.

A cidadã portuguesa que perdeu o marido na sequência dos atentados ocorridos no domingo no Sri Lanka, já regressou a Portugal, confirmou a agencia Lusa.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro António Costa afirmou a sua “condenação absoluta” pelos ataques e expressou “grande pesar por mais uma vítima portuguesa do terrorismo internacional”.

“Ninguém esqueceu ainda que perdemos duas vidas há muito pouco tempo em Barcelona, agora mais uma”, afirmou, numa referência ao ataque nas Ramblas, em Barcelona.

Para o chefe do Governo português, este ataque “só demonstra que o terrorismo é uma ameaça global que surge em todos os sítios e que atinge a todos”.

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