Os emigrantes portugueses na Suíça mostraram o quanto estão com a seleção portuguesa, ao comparecerem em massa à chegada lusa a Neuchatel, no domingo. De Portugal também já chegaram os mais fanáticos torcedores.
“Eu fui a todas”, reza a camiseta que Carlos Brum, Joaquim Batista e Jorge Franco envergam, depois de terem assistido a todas as partidas que conduziram o time luso à Euro-2008: os bilhetes estão estampados nas costas.
Vieram em duas vans, pintadas para a ocasião, com imagens que foram sendo publicadas pela imprensa das suas consecutivas presenças nas arquibancadas para apoiar Portugal e cópias dos ingressos dos jogos, e chegaram à cidade “quartel general” da equipe ao fim da tarde de segunda-feira, depois de 17 horas na estrada.
“Gostaríamos de ter visto a chegada da seleção, mas não podíamos faltar ao jogo de Viseu (2 a 0 sobre a Geórgia, sábado)”, explicou à Agência Lusa Carlos Brum, o “açoriano”, contando que, até Neuchatel, ainda fizeram escala em Vilar Formoso e Perpignan (França)
Chegaram cansados, mas bem dispostos e esperançosos em ver a seleção chegar à final: “temos esperança que Portugal possa atingir a final e conquistar o título. Se isso acontecer, vou a pé, com a bandeira de Portugal, até Lisboa”, anunciou Brum.
Os três aventureiros já foram juntos à última fase final, a Copa da Alemanha em 2006, mas, ao contrário do que acontecia então, apenas têm bilhetes para o segundo jogo luso no Grupo A, contra a República Tcheca (11 de junho, em Genebra). “Só temos bilhetes para o segundo jogo, mas temos esperança de ainda arranjar para os outros (com Turquia, sábado, e Suíça, a 15 de junho)”.
Independentemente de arranjarem forma de apoiarem o time de Felipão, os três torcedores prometem ficar até Portugal cessar suas chances, com grandes feijoadas, caldeiras e muito bacalhau pelo meio, sempre bem regado.
“Trouxemos comida para um mês, do melhor que se produz no nosso país, e vinhos de todas as regiões”, frisou Carlos Brum, que se confessa torcedor do Sporting, mas garante só chorar pela seleção portuguesa.
Carlos, o mais velho do trio, ganhou o “vício” de acompanhar a seleção por culpa do pai. “Em 1986, o meu pai levou-me ao Mundial do México e ganhei o gosto. Desde o Europeu da Inglaterra, em 1996, quase não faltei a um jogo”.
“Depois do Mundial, eu fui o único que fui a todos”, reclama, porém, Jorge, logo corrigido por Carlos. “Faltamos ao jogo no Kuwait… eu bem queria ter ido, mas vocês cortaram-se”.
Na Euro-2008, estarão até final e já há projetos para o futuro. “Já estamos a planejar ida a Malta (primeiro jogo das eliminatórias para a Copa-2010) e vamos à África do Sul (fase final) de Land Rover, desde Marrocos. Em três meses estamos lá”.
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