Por Bruno Gouveia
Da Expedição Brasil-2008
Foto Bruno Gouveia BRASÍLIA >> Larva do mosquito Aedes aegypti capturada durante vistoria nas proximidades da residência de suposta vítima de febre amarela morta há dois dias no Distrito Federal
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Depois de duas pernoitas em Niterói, cidade situada mesmo ao lado do majestoso Rio de Janeiro, seguimos sem destino para a etapa de ontem (que é hoje, quinta-feira).
O improviso na etapa explica-se pela ida ao Corcovado onde se situa a famosa estátua do Cristo Redentor. O Rio de Janeiro foi visitado por duas vezes, sempre com o acompanhamento de Luiz Carlos Negrine e da sua inseparável Nani, uma Cocker spaniel que é atracção em todo o local onde passa. Inclusive em trânsito congestionado, os condutores, quer de carro quer de moto, fazem apelo à tecnologia do telemóvel para registar o momento.
Depois de recebidos em momento protocolar pelo Embaixador Leite Ribeiro, Coordenador das Relações Internacionais e do Cerimonial da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, para oferta da medalha comemorativa dos 500 Anos do Funchal e entrega da mensagem da Presidência da Câmara Municipal, eu e Pedro Silva, assumimos totalmente a postura brasileira no trânsito carioca – furar pela direita e pela esquerda para chegarmos ao Corcovado a tempo de registramos imagens ainda com luminosidade suficiente. Grande parte do morro do Corcovado apresenta estrada de paralelepípedos, cuja trepidação provocou a quebra da estrutura de suporte da mala top-case (situada por detrás do banco). Dada a urgência em solucionar o problema, a manhã de quinta-feira, momento em que esta crônica é escrita, será destinada a resolver esse problema. Depois, a próxima paragem será ditada pela chegada do crepúsculo.
Mas antes de chegarmos a Niterói, já havíamos percorrido 2300 kms. Recordo que todo o trajecto até à cidade de São Paulo teve que ser alterado devido à necessidade de estarmos naquela cidade no dia 17 de Agosto num evento promovido pela Casa Ilha da Madeira de São Paulo.
Tendo saído de Salvador, a nossa intenção era pernoitar, pela primeira vez em viagem, na cidade de Ilhéus que ficou celebrizada por uma das primeiras telenovelas apresentadas em Portugal – Gabriela, Cravo e Canela.
Um grave acidente entre dois camiões bloqueou completamente a BR-101, obrigando-nos a retroceder na estrada para Gandu, uma pequena povoação cuja arquitectura demonstra claramente a existência de grandes dificuldades econômicas.
Na madrugada seguinte, avançaríamos para a Costa do Descobrimento e viríamos a pernoitar em Porto Seguro, numa etapa de 517 kms, sendo os últimos dos quais percorridos já pela noite, facto que aconteceu nas três primeiras etapas e que queremos de todo que não existam.
A segurança pessoal e dos recursos materiais ordena a que não se conduza pela noite. São as emboscadas para assaltos e as enormes crateras que se podem encontrar na estrada que ditariam, com certeza, um rumo diferente na história da viagem.
Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, duas cidades historicamente ligadas a Portugal foram visitadas pela manhã.
Seguimos depois para Arraial D Ajuda em balsa, evitando desse modo um longo percurso rodoviário. Registando algumas imagens, somos abordados por um casal de portugueses que ficam intrigados com a publicidade ¨Funchal, 500 Anos¨. A rota para Trancoso foi amplamente aventureira – uma pista de terra e areia que obrigou a redobrados cuidados para manter de pé e em rota de andamento as motos pesadas. A etapa desse dia viria a terminar em Itabatã, outra cidade situada bem junto à BR-101, percorridos que estavam 406 kms.Na etapa anterior à chegada a Niterói, passamos por Macaé, a capital nacional do petróleo, Cabo Frio e Búzios, estes, dois paraísos do litoral carioca.
No cômputo geral e até Niterói, em todos os dias existiu um pouco de chuva, que não sendo impedimento para viajar, torna a condução mais cuidada e o registro de imagens bem menor.