SEF: Dezenas de imigrantes protestam em Lisboa

Da Redação
Com Lusa

Várias dezenas de imigrantes estiveram concentrados à porta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em Lisboa, cortando o trânsito na Avenida António Augusto de Aguiar.

Os imigrantes traziam cartazes com as palavras de ordem: “nós imigrantes que trabalhamos e descontamos para a Segurança Social não somos reconhecidos, não nos querem dar documentos”, “Queremos documentos para todos”.

Elementos da organização da manifestação foram agora recebidos pela direção do SEF.

Para as 12 horas estava marcada uma concentração silenciosa dos funcionários do SEF, que nesta terça-feira iniciaram uma greve de três dias, convocada pelo Sindicato dos Funcionários do SEF (SINSEF) para alertar para o que chamam de “situação caótica” no serviço.

A carreira não policial tem perto de 600 funcionários que trabalham no serviço documental, que inclui a emissão de passaportes, autorizações de residência e ‘vistos gold’, de um total de 1.200 funcionários do SEF.

A adesão à greve dos funcionários do SEF rondava às 10:15 (horário local) os 80%, encontrando-se quase todos os postos de atendimento encerrados, segundo o presidente do Sindicato, Manuel Niza.

No entender da presidente do Sindicato dos Funcionários do SEF, estes são trabalhadores precários não “deveriam ter acesso à base de dados dos serviços”.

Segundo o Sinsef, a tutela [Ministério da Administração Interna) tem tido uma atitude de passividade e, juntamente com a Direção Nacional, aplica “políticas administrativamente absurdas” e por isso os trabalhadores vão realizar hoje uma concentração “em silêncio” à porta do SEF em Lisboa.

“O SEF deprime-se e torna-se dia-a-dia cada vez mais ineficaz, as demoras agravam-se, as respostas não chegam, os utentes desesperam”, refere o Sinsef, que reivindica o reconhecimento das carreiras.

Um dos serviços foi alvo de polêmica na semana anterior, quando a associação Transparência e Integridade defendeu a suspensão imediata do programa ‘vistos gold’, tendo em conta o risco de facilitar a lavagem de capitais e de abrir as fronteiras do espaço Schengen ao crime organizado.

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