Covid-19: A média de mortes no Brasil cresce há um mês, diz Fiocruz

Da Redação Com agencias

O Brasil atingiu nesse dia 22 o número de 2.305 mortes diárias, segundo média móvel de sete dias calculada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A média vem apresentando altas diárias consecutivas desde 22 de fevereiro, portanto há um mês.

O número de óbitos registrados ontem é 119% superior ao observado em 22 de fevereiro (1.052 mortes). Na comparação com 14 dias atrás (8 de março), quando a média chegou a 1.525, a alta é de 51%.

Ainda segundo os dados da Fiocruz, os casos chegaram a 75.416, segundo a média móvel de sete dias, o quinto dia consecutivo de recorde. O número é 61% superior ao de um mês antes (46.921) e 14% acima do observado 14 dias antes (66.380).

A média de móvel de sete dias, divulgada pela Fiocruz, é calculada somando-se os registros do dia com os seis dias anteriores e dividindo o resultado dessa soma por sete. O número é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que mostra apenas as ocorrências de um dia específico.

Brasil ultrapassou hoje os 12 milhões de casos de infeção (12.047.526) pelo novo coronavírus, após somar 49.293 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.

A taxa de incidência da covid-19 no Brasil, que atravessa agora o seu momento mais critico da pandemia, subiu para 141 mortes e 5.733 casos por 100 mil habitantes, segundo as autoridades de Saúde.

Das 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram maior número de infeções são São Paulo (2.311.101), Minas Gerais (1.036.301), Paraná (799.813) e Rio Grande do Sul (793.008).

Vacina protege
A Fiocruz também defende que os benefícios da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a Astrazeneca, superam os riscos, que não estão associados ao aumento da formação de coágulos sanguíneos (eventos tromboembólicos), naqueles que recebem o imunizante.

Na quinta-feira (17/3), a agência regulatória da União Europeia (European Medicines Agency – EMA), após a revisão preliminar de casos de coágulos sanguíneos, o comitê de segurança (Prac) da EMA confirmou que não há evidências de uma relação direta da vacina com os eventos tromboembólicos relatados ou problemas relacionados a lotes ou locais de fabricação específicos da vacina.

Segundo a EMA, casos extremamente raros de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia e níveis baixos de plaquetas sanguíneas (que ajudam a coagular o sangue) poderiam estar associados à vacina, mas não há comprovação de uma relação direta, o que mereceria uma investigação mais aprofundada.

Cerca de 20 milhões de pessoas foram vacinadas no Reino Unido e Europa. Apenas 7 casos de coágulos sanguíneos (coagulação intravascular disseminada) e 18 casos de coágulos nos vasos que drenam sangue do cérebro (CVST) foram apresentados e revistos. De acordo com a EMA, no geral, o número de eventos tromboembólicos notificados após a vacinação, tanto em estudos antes do licenciamento como em notificações após o lançamento das campanhas de vacinação, foi inferior ao esperado na população em geral. Isso permite que o Prac confirme que não há aumento no risco geral de coágulos sanguíneos e que os riscos continuarão a ser monitorados.

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (17/3), a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que esteve reunida com 52 representantes de agências regulatórias internacionais,  no âmbito da Coalizão Internacional de Agências Reguladoras (ICMRA, na sigla em inglês) e concluiu que os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina, recomendando a continuidade do seu uso pela população brasileira.

“A Fiocruz reafirma seu compromisso com a farmacovigilância da vacina no Brasil. Busca esclarecer a população e reforçar o papel das agências regulatórias em todo o mundo, junto aos produtores das vacinas, no acompanhamento e monitoramento permanente desses imunizantes”.

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