Da redação
Há 90 quilômetros de Lisboa, o concelho de Vila de Rei deve receber um grupo de brasileiros, descendentes de portugueses, para estudar, trabalhar e viver na freguesia. Cerca de 250 paranaenses (50 famílias), especificamente da cidade de Maringá, estão embarcando para Portugal com emprego garantido por cinco anos, e moradia sem custo nenhum por quatro meses.
O grupo foi selecionado dentre 700 inscritos no Provopar (Programa do Voluntariado Paranaense), que tinha como requisito ser descendente de português e residir em Maringá. O primeiro grupo que embarcou para Portugal no mês de abril, cerca de 15 pessoas, foram com a promessa de trabalhar em um asilo e morar numa escola desativada, que foi adaptada para acolhê-los.
Menos de cinco mil pessoas vivem na Vila de Rei, parte do distrito (Estado) de Castelo Branco, na região central de Portugal. Habitada sobretudo por idosos, o governo pretende trazer uma população mais jovem para repovoar e rejuvenescer a cidade.
Situada ao norte do Paraná, Maringá possui uma numerosa comunidade portuguesa originária de Vila de Rei. Os imigrantes vão receber cursos de formação do Instituto de Emprego e Formação Profissional, para trabalharem especialmente na área de geriatria.
Protestos
Um grupo de jovens do Partido Nacional Renovador (PNR) se manifestarem em Vila de Rei contra a repovoação da cidade portuguesa com imigrantes brasileiros. Cerca de 150 pessoas deslocaram-se de Lisboa, para a manifestação.
“Não somos contra a imigração, mas sim contra a substituição demográfica do Interior português, para que em breve não tenhamos situações como a do Kosovo”, diz José Pinto Coelho, presidente do PNR, ao Correio da Manhã. ”Estamos perante exploração capitalista selvagem. O que a presidente da câmara quer é mão-de-obra barata a 400 euros por mês”.
O protesto, que foi algo inédito para a pequena cidade portuguesa, foi pacífico e controlado de acordo com as autoridades.