Brasileiro é morto em Portugal e polícia suspeita de xenofobia

Mundo LusíadaCom agencias

O serralheiro brasileiro Luciano Correia da Silva, de 28 anos, natural de Rondônia, foi assassinado na madrugada de 14 de novembro, em Caldas da Rainha, a 100 km de Lisboa, em Portugal.

A mulher dele, Andressa Valéria, de 26 anos e também brasileira, disse que Silva foi morto porque urinou na rua. Ela contou que o casal saiu de um bar no domingo à noite e caminhava para casa quando Silva parou para urinar e um homem, aparentemente de origem portuguesa, o agrediu e depois o esfaqueou.

A Polícia Judiciária (PJ) informou que as ofensas xenófobas podem ser consideradas uma agravante, o que vai depender do julgamento. Segundo Andressa, o marido vivia em Portugal há quatro anos e estava como imigrante legalizado. O casal viveu junto por dois anos, com uma filha de Andressa, de 1 ano e 9 meses.

Andressa afirmou que o homem com sotaque português e aparentemente embriagado gritou, dirigindo-se a Luciano. O suposto agressor puxou um canivete depois de ver Luciano fechar o zíper da calça. Segundo ela, o agressor insultou, dizendo: "volta para a tua terra, vagabundo".

Nesse momento, Andressa disse ter ido a um café ao lado para pedir ajuda. Quando voltou, viu Luciano no chão, atingido por um golpe profundo no peito. O homem fugiu e levou o canivete. Luciano foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento.

"O meu marido nem armado estava, nem nunca precisou, porque não era nenhum bandido, tinha família e trabalhava desde pequeno", lamenta Andressa Valéria em entrevista ao Correio da Manhã.

A Polícia Judiciária (PJ) de Leiria não deu informações sobre o crime, alegando que ele ainda está sob investigação. A assessoria de imprensa da PJ disse que a solução desses casos costuma ser rápida, mas não quis prever quanto tempo pode levar.

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