Brasil ultrapassa pela primeira vez mil mortos em 24 horas por Covid-19

Da Redação

Nesta terça-feira, o Brasil contabilizou pela primeira vez mais de mil mortos em 24 horas, num total de 1.179 óbitos e 17.408 infectados, o maior número diário registrado desde o início da pandemia no país.

No total, o país totaliza 17.971 óbitos e 271.628 pessoas diagnosticadas com covid-19, tornando-se no segundo país do mundo com o maior de novos casos, apenas atrás dos Estados Unidos, segundo o portal Worldometer, que compila quase em tempo real informações da Organização Mundial da Saúde, dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças, de fontes oficiais dos países, de publicações científicas e de órgãos de informação.

O Ministério da Saúde indicou que está ainda a ser investigada a eventual relação de 3.319 óbitos com a doença provocada pelo novo coronavírus.

Segundo a pasta, 106.794 pacientes com covid-19 já recuperaram, sendo que 146.863 continuam sob acompanhamento.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (5.147). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (3.079), Ceará (1.856), Pernambuco (1.741) e Amazonas (1.491).

Já em número de casos confirmados, o ranking tem São Paulo (65.995), Ceará (28.112), Rio de Janeiro (27.805), Amazonas (22.132) e Pernambuco (21.242). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (16.295), Maranhão (14.198), Bahia (11.013), Espírito Santo (7693) e Santa Catarina (5.413).

Anticorpos

Mais de 15 mil pessoas em todo o país já foram testadas durante a primeira etapa da pesquisa “Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional”, até esta terça-feira.

As regiões Norte e Nordeste foram as que mais aplicaram testes até o momento, somando 8.106 testes. O estudo, financiado pelo Ministério da Saúde, coordenado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), do Rio Grande do Sul, e executado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), será realizado em três etapas e prevê testar até 100 mil pessoas em 133 municípios.

A expectativa é testar cerca de 33 mil brasileiros em cada etapa, sendo 250 pessoas em cada município selecionado. As próximas etapas de coletas estão previstas para acontecer em 28 e 29 de maio e 11 e 12 de junho.

“A pesquisa foi contratada pelo Ministério da Saúde para termos informações mais detalhadas sobre a situação de casos, ampliando cada vez mais o conhecimento sobre a doença. Por isso, a importância desta pesquisa”, destacou o secretário substituto de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.

Cloroquina

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Ministério da Saúde publica, nesta quarta-feira (20), um novo protocolo para o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina em pacientes diagnosticados com o novo coronavírus.

“Amanhã cedo, o ministro da Saúde vai assinar o novo protocolo da cloroquina. O último protocolo era de 31 de março, permitia a cloroquina apenas em casos graves. E agora não, esse novo protocolo é a partir dos primeiros sintomas. Quem não quiser tomar não toma”, afirmou ao jornalista Magno Martins, de Pernambuco.

No final de março, o Ministério da Saúde incluiu em seus protocolos a sugestão de uso da cloroquina em pacientes hospitalizados com gravidade média e alta, mas mantendo a norma corrente na medicina de que cabe ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância ao paciente. A pasta também distribuiu ao menos 3,4 milhões de doses do medicamento para os sistemas de saúde dos estados.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) não recomenda o uso da droga, mas autorizou a prescrição em situações específicas, inclusive em casos leves, a critério do médico e em decisão compartilhada com o paciente.

Sobre a indicação de um novo ministro da Saúde, Bolsonaro disse que não tem pressa e fez elogios ao interino na pasta, o general Eduardo Pazuello. Segundo o presidente, Pazuello seguirá no comando da pasta, segundo a Agencia Brasil.

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