Brasil recebe primeiro lote de vacinas da Pfizer

Da redação com agencias

O primeiro lote de 1 milhão de doses de vacinas da Pfizer chega neste dia 29 ao Brasil. O voo está previsto para aterrissar no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), às 19h.

As doses serão distribuídas aos 26 estados e ao Distrito Federal. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação é que sejam priorizadas as capitais devido às condições de armazenamento da vacina, que exige temperaturas muito baixas.

Conforme o Ministério da Saúde, os entes federados receberão de forma proporcional e igualitária. Os frascos serão entregues em temperaturas entre -25ºC e -15ºC, cuja conservação pode ser feita apenas durante 14 dias. Após entrar na rede de frio, com temperaturas de armazenamento entre 2ºC e 8ºC, o prazo para aplicação é de cinco dias.

Por essa razão, o ministério informou que enviará duas remessas diferentes. Cada uma delas terá 500 mil doses e será referente, respectivamente, à primeira e segunda doses que cada cidadão deverá receber.

O Ministério da Saúde comprou 100 milhões de doses do imunizante. Em março, em reunião com a farmacêutica, a pasta apresentou a previsão de que até junho seriam entregues 13,5 milhões.

A pasta também informou que distribui, a partir desta quinta-feira, mais 5,2 milhões de vacinas, 5,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e 104,8 mil doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. Todos os estados e o Distrito Federal receberão os imunizantes.

As doses são destinadas para a vacinação de idosos entre 60 e 64 anos, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas que atuam na linha de frente da pandemia. Além disso, estão sendo enviadas vacinas adicionais para imunização de trabalhadores da saúde de Santa Catarina.

De acordo com o ministério, a estratégia de distribuição de vacinas contra a covid-19 é revisada semanalmente em reuniões tripartites – com participação dos governos federal, estaduais e municipais –, observando as confirmações do cronograma de entregas por parte dos laboratórios. O objetivo é garantir a cobertura do esquema vacinal no tempo recomendado de cada imunizante: quatro semanas para a vacina do Butantan e 12 semanas para as doses da Fiocruz.

Butanvac

Neste dia 28, o Instituto Butantan em SP iniciou a produção da Butanvac, a primeira vacina contra a covid-19 desenvolvida no Brasil e que tem ainda de passar por testes em humanos.

“O Butantan começa hoje a produzir o primeiro lote de um milhão de doses do Butanvac, que será produzido integralmente” pelo instituto vinculado ao Estado de São Paulo, “sem a necessidade de importar matéria-prima do exterior”, informou o governador paulista, João Doria, em conferência de imprensa.

Na última sexta-feira, o Instituto solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), maior autoridade sanitária do país, autorização para iniciar as fases 1 e 2 dos ensaios clínicos em humanos.

A Anvisa pediu informações adicionais sobre a fórmula, para poder autorizar a realização do que será o primeiro estudo da Butanvac em humanos, uma vez que até ao momento apenas foi testada em animais.

Ainda assim, as autoridades de São Paulo quiseram antecipar-se a essa análise do órgão regulador e iniciar a produção da sua candidata a vacina contra o novo coronavírus, com previsão de ter 18 milhões de doses prontas em 15 de junho.

“As doses já em produção no Instituto Butantan serão armazenadas e fornecidas à população apenas após a autorização da Anvisa, o que deve ocorrer no segundo semestre”, assegurou o Butantan em comunicado.

O primeiro lote de um milhão de doses da Butanvac será fabricado a partir de uma remessa de 520 mil ovos, que servem de consumível para a produção do antídoto. Essa metodologia é usada pelo Butantan há décadas para a produção da vacina contra a gripe.

O Instituto Butantan já produz no Brasil a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, a mais utilizada no país, que é um dos mais afetadas pela pandemia em todo o mundo, com 395 mil mortes e mais de 14,4 milhões de infetados.

A situação epidemiológica do Brasil, agravada pela circulação de estirpes mais infecciosas, incluindo duas brasileiras conhecidas como P.1 e P.2, melhorou ligeiramente nas últimas duas semanas, embora permaneça em níveis muito elevados.

O país teve, em média, mais de 55.000 infecções e quase 2.500 mortes diárias associadas à covid-19 nos últimos sete dias, menos do que a média de 3.100 óbitos no início do mês.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.137.725 mortos no mundo, resultantes de mais de 148,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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