Brasil realiza operação em oito estados contra extração ilegal de madeira na Amazônica

Da Redação
Com Lusa

Autoridades brasileiras realizaram dia 25 uma operação em oito estados do país para desarticular um esquema de corrupção responsável por extração ilegal de madeira na floresta amazônica.

Informações divulgadas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal do país indicam que foram autorizados 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 mandados de busca e apreensão nos estados do Acre, Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Roraima, Rondônia, São Paulo e Distrito Federal.

Chamada de Operação Arquimedes, a ação investiga atos corrupção praticados por funcionários públicos de órgãos ambientais, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

A Polícia Federal brasileira informou, em comunicado, que atua em duas frentes de investigação criminal.

A primeira frente trata da extração, exploração e comércio ilegal de madeira, enquanto a segunda linha de investigação apura atos de corrupção.

As autoridades brasileiras também explicaram que em fases anteriores da investigação já apreenderam mais de 400 contentores no porto na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, com aproximadamente 8.000 metros cúbicos de madeira em tora com documentação irregular.

“A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contentores destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte”, destacou o comunicado da Polícia Federal.

José Leland, antigo superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) terá sido preso na operação Arquimesdes, segundo informações da imprensa local.

O antigo superintendente terá sido apanhado com uma arma de fogo durante uma ação de busca e apreensão.

As autoridades brasileiras informaram que os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade documental em processos de concessão e fiscalização de planos de manejo florestal sustentável, extração e comércio ilegal de madeira, branqueamento de capitais, corrupção e constituição de organização criminosa.

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