Brasil participa da busca por planetas fora do Sistema Solar

Brasil participa da busca por planetas fora do Sistema Solar Da InfoReal Na quarta-feira, 27 de dezembro, o satélite Corot, foi lançado da base russa de Baikonur, no Cazaquistão, com a missão de buscar planetas fora do Sistema Solar. Pelo menos 70 pesquisadores brasileiros participam da iniciativa, que conta ainda com cientistas franceses, responsáveis pelo projeto. De acordo com informações da AEB (Agência Espacial Brasileira), o lançamento do Corot ocorreu às 12h23 (horário de Brasília) e transmitido em tempo real através da página do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no endereço www.inpe.br. Com isso, o Brasil tem acesso aos dados fornecidos pelo satélite. Além disso, a Agência Espacial Brasileira (AEB) informou que a inclusão do Brasil abrange ainda o suporte na parte de infra-estrutura de solo: a utilização de uma antena de recepção de dados instalada no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) ampliará em mais de 50% a quantidade dados disponíveis para os pesquisadores sobre a observação de estrelas. A participação do Brasil foi possível graças a um acordo assinado em junho de 2005 pela a AEB e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES). Os astrônomos e estudantes brasileiros integram os principais centros de pesquisa astronômica do país (UFRN, INPE, UNESP, Universidade Mackenzie, Laboratório Nacional de Astrofísica, UFMG, UFRJ, ON/MCT, UFSC e UFRGS). Quase seis horas e meia após seu lançamento, o satélite científico CoRoT (Convecção, Rotação e Trânsitos planetários) foi rastreado pelo Brasil em sua primeira passagem sobre Alcântara, no Maranhão, por meio de uma estação localizada no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Nesta estação, será possível aumentar de 70 mil para 100 mil o número de estrelas observadas; a participação de cinco engenheiros/cientistas brasileiros na elaboração de "software" de calibração, correção instrumental e redução de dados; e a participação de cientistas brasileiros nos grupos de trabalho para definição, observação e análise preparatória das estrelas que serão observadas na missão. De acordo com o diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, Himilcon Carvalho, "existe o lado científico, pelo Brasil participar com outros países em um projeto tão avançado na área de astronomia com satélites, e há também a importância de ser um programa de cooperação internacional, o que fortalece nossas relações com outros países que detêm tecnologia espacial". Vale destacar ainda que esta é a primeira vez que astrônomos brasileiros participam da construção de um satélite científico, com os mesmos direitos de exploração dos dados obtidos que seus parceiros europeus. No final de 1999, cientistas brasileiros foram convidados para participar da missão. A partir daí, foi criado o Comitê CoRoT-Brasil (CCB), que reúne astrônomos de diversos centros de pesquisa do país interessado no projeto. A participação brasileira é coordenada pelo Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). CoRoT A Agência Espacial Brasileira informou que a missão espacial CoRoT insere-se no programa de minissatélites da agência espacial francesa CNES. Com peso total de 600 kg, e dimensões de 4×6 metros, o satélite teve um custo total de 120 milhões de euros. Pelo uso da estação em Alcântara e participação dos engenheiros, o Brasil participa com o equivalente a 2% desse valor, com os mesmos direitos que os demais países participantes. Segundo a AEB, o CoRoT será colocado em uma órbita polar (norte-sul), que permite a observação do céu por cerca de 150 dias ininterruptos, o que é um dos grandes trunfos do experimento. Além do Brasil e da França, participam da missão, laboratórios da Alemanha, Áustria, Bélgica e Espanha.

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