Um programa de bolsas de estudo em universidades brasileiras e portuguesas vão beneficiar mais de 300 estudantes. São 16 universidades portuguesas e 15 brasileiras oferecendo 324 bolsas anuais, para estudantes de ambos países de licenciatura e mestrado.
Através desse intercâmbio, 162 universitários brasileiros poderão ter uma experiência em um centro de ensino de Portugal, enquanto o mesmo número de alunos português terá a oportunidade de estudar no Brasil.
O programa "Bolsas Luso-brasileiras Santander Universidades" é destinado a um total de 31 instituições dos dois países, com a intenção de custear os estudos de pelo menos seis meses de estudo no exterior para cada aluno. "Damos três mil euros (por aluno) e temos protocolos com as universidades e até com a TAP para facilitar o processo e permitir que alunos com capacidade, mas sem condições financeiras possam usufruir deste tipo de programa", explicou o presidente executivo do Banco Santander Totta, Nuno Amado, após a assinatura do protocolo.
“Os objetivos das partes envolvidas visam o estreitamento das relações acadêmicas bilaterais, a promoção de um espaço ibero-americano de educação superior, a mobilidade internacional dos estudantes universitários e a excelência no ensino superior” divulga o governo português.
Uma comissão estará a cargo da implementação do acordo, formada por duas pessoas do Banco Santander, duas do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), uma do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP), e uma da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).
O Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades, financiado “integralmente” pelo Banco Santander, representa um investimento de 1 milhão de euros. O "Bolsas Luso-brasileiras Santander Universidades" faz parte do plano de responsabilidade social do Santander Totta, que em 2006 destinou 76 milhões de euros (US$ 99 milhões) para o patrocínio de projetos acadêmicos e de pesquisa. Em Portugal, a entidade investiu 3,2 milhões de euros em projetos educativos no ano passado, 70% deles no ensino superior. Assinatura do protocolo O anúncio do intercâmbio de estudantes universitários entre Brasil e Portugal aconteceu no dia 20 de janeiro, pelo presidente da entidade financeira espanhola, Emilio Botín. O acordo de "pode representar a origem do espaço comum de educação superior dos países de fala portuguesa", afirmou Botín durante o lançamento oficial do programa "Bolsas Luso-brasileiras Santander Universidades".
A cerimônia com assinatura do protocolo, presidida pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, José Mariano Gago, ocorreu na sede do Banco Santander Totta. O documento levou assinatura de José Lopes da Silva, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e reitor da Universidade Técnica de Lisboa, Suely Vilela, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP) e reitora da Universidade de São Paulo, Paulo Speller, presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) do Brasil e reitor da Universidade Federal de Mato Grosso, e Emilio Botín, presidente do Santander. Segundo ele, atualmente mais de 10 mil estudantes e professores da Espanha, Portugal e América Latina se beneficiam de bolsas de estudos da iniciativa Santander Universidades, um "grande incentivo para a mobilidade internacional", disse.
Para o presidente da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Paulo Speller, o projeto deveria também ser estendido à Espanha e outros países da América Latina.