Boris Johnson e António Guterres discutem aumento de produção de vacinas

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, falaram por telefone neste dia 16 sobre a importância de expandir a produção mundial de vacinas contra a covid-19 e garantir o acesso aos países em desenvolvimento.

Segundo um comunicado do Executivo britânico, os dois dirigentes discutiram também a necessidade de aumentar o apoio internacional à COVAX, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde, que visa assegurar o acesso global e equitativo às vacinas contra o novo coronavírus, com 1,3 mil milhões de doses.

O Reino Unido é um dos maiores financiadores do projeto, tendo prometido 548 milhões de libras (625 milhões de euros) num total de dois mil milhões de dólares angariados (1,65 mil milhões de euros).

Boris Johnson anunciou esta semana que vai colocar os dirigentes do G7 a discutir a distribuição equitativa das vacinas contra a covid-19 e estratégias para prevenir futuras pandemias numa cimeira virtual de líderes na sexta-feira, o primeiro evento a nível internacional com o Presidente dos EUA, Joe Biden.

O Reino Unido tem a presidência rotativa do grupo dos sete países considerados mais industrializados, formado pelo Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA, juntamente com a União Europeia (UE), e tem prevista uma cimeira presencial em junho na Cornualha, sudoeste de Inglaterra, para a Guterres está convidado.

O país é também anfitrião da 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, agendada para se realizar em Glasgow, em novembro, onde Boris Johnson e o secretário-geral da ONU querem ver “planos ambiciosos para reduzir as emissões globais”.

Em Portugal

O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) anunciou que Portugal deve receber no segundo trimestre do ano as primeiras vacinas da Johnson & Johnson, fármaco cujo pedido de aprovação foi hoje submetido ao regulador europeu.

“À hora que estamos aqui reunidos deverá estar a ser formalizado o processo junto da Agência Europeia do Medicamento” (EMA) da vacina produzida pela Janssen, adiantou Rui Santos Ivo na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação econômica e social.

Segundo o responsável do Infarmed, o novo fármaco da Janssen (companhia farmacêutica da Johnson & Johnson) de toma única entra agora na fase final de avaliação e, “se tudo correr bem” com a avaliação da sua segurança e eficácia, prevê-se que esteja aprovado no próximo mês, com as primeiras entregas de doses previstas para o segundo trimestre deste ano.

No final de janeiro, o diretor médico da Janssen afirmou à Lusa que se mantinha o compromisso de disponibilizar na União Europeia as vacinas no segundo trimestre deste ano, altura em que Portugal receberá as primeiras 1,25 milhões de doses.

“O compromisso com a União Europeia é o segundo trimestre de 2021 e este compromisso mantém-se”, garantiu Manuel Salavessa na altura, ao adiantar que as primeiras 1,25 milhões de vacinas da empresa norte-americana contra a covid-19 fazem parte de um lote de 4,5 milhões que o país vai receber ao longo deste ano.

O acordo desta farmacêutica com a Comissão Europeia prevê para este ano 200 milhões de doses, com uma opção de 200 milhões de doses adicionais.

Segundo Rui Santos Ivo, a informação disponível neste momento indica que a Pfizer “conseguiu praticamente já recuperar o atraso que se verificou no início” na entrega de vacinas, o que permite a Portugal contar, no final do primeiro trimestre, com cerca de 1,3 milhões de doses, que é “praticamente o volume que estava previsto”.

Relativamente à Moderna, a “informação que temos é que serão entregues as 226.800 doses que estavam contratualizadas”, referiu o presidente do Infarmed, ao adiantar que “onde efetivamente se observa uma redução é nas vacinas da AstraZeneca”, uma vez que estavam previstas serem entregues cerca de 2,7 milhões, mas que não deverão ultrapassar as 930 mil doses nesta fase.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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