Beira-rio de Vila Nova de Gaia vai ser integralmente para pedestres

Da Redação
Com Lusa

O presidente da câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, informou que o trânsito na beira-rio vai ser integralmente pedonal e que existirá um táxi para levar os moradores do Centro Histórico às paragens de autocarros.

Em causa, a frente do rio Douro numa extensão entre o Lardo D. Luís e o Largo de Aljubarrota, ou seja desde a ponte até ao espaço que acolhe a empresa Gaiurb – Urbanismo e Habitação.

Eduardo Vítor Rodrigues, que falava no período antes da ordem do dia da reunião de câmara, apontou que não existirão nem transportes públicos, nem privados e que o fornecimento a espaços comerciais vai ser feito em horários específicos e será usada a plataforma de apoio aos barcos para o efeito.

“Defendemos que qualquer reabilitação no Centro Histórico tem de ser para turista ver, naturalmente, mas principalmente para os gaienses e os moradores. Decidimos e assumimos esta decisão, mas também assumimos as consequências”, disse o autarca.

O trânsito será então proibido, sendo que os transportes coletivos farão o circuito pela Via da Misericórdia, não podendo passar pela Avenida Diogo Leite.

Para colmatar a ausência de transportes, haverá um motorista com carro elétrico no interior do Centro Histórico para levar as pessoas de casa até às paragens de autocarro, ao estilo conhecido como ‘taxi on demand’.

“Vamos avaliar o impacto da medida e se verificarmos que não há necessidade, retiramos o serviço ou intensificamos”, disse o autarca, lembrando que a continuidade de uma linha de elétrico até Gaia também está ser estudada no âmbito de um projeto da Área Metropolitana do Porto.

A autarquia também pretende, acrescentou Vítor Rodrigues, “incentivar a criação de eventos lúdicos como atualmente acontece no Jardim do Morro”, sendo o objetivo desta decisão “devolver a beira-rio às pessoas”.

Esta deliberação foi divulgada pelo presidente da câmara de Gaia, distrito do Porto, mas será votada na reunião privada de 02 de julho.

Eduardo Vítor Rodrigues também anunciou que a partir do próximo plano e orçamento vai ser criada uma rubrica com 1,2 a 1,5 milhões de euros para “investimento futuro”.

“Será uma rubrica memorial. Era quanto a câmara pagava de juros até sair do vermelho e do endividamento excessivo. É uma demonstração de quanto ter contas em dia significa ter capacidade de investimento”, disse Eduardo Vítor Rodrigues.

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